O Jogo

JOÃO SOUSA SERVE PARA A 15.ª ÉPOCA

Perto de fazer 34 anos, está no top-10 dos mais experiente­s do circuito profission­al que reinicia sábado que João Sousa desde 2007/08, Tenis na Barcelona Total faz a pré-época

- MANUEL PÉREZ

Melhor tenista português partiu ontem de Barcelona e chega hoje a Auckland, apostado em começar, na Nova Zelândia, a dura batalha de 2023, destinada à reconquist­a de um lugar no top-50 do ranking ATP.

João Sousa a servir! Vamos jogar! Dirá, no próximo sábado, do outro lado do globo, o árbitro do primeiro encontro que João Sousa disputará, no arranque da 15.ª temporada no circuito profission­al, onde é atualmente o nono mais velho (33 anos), fazendo parte dos 15 com mais semanas no top100 e presenças em etapas do Grand Slam. No ATP 250 de Auckland, onde só não foi totalmente feliz em 2017 porque perdeu na final, está apontado ao qualifying, em virtude da 82.ª posição de uma hierarquia mundial em que luta por regressar ao top50, sabendo que corre o risco de sair do top100 já em fevereiro. Mas já lá vamos...

O Conquistad­or viajou ontem para a Nova Zelândia, sem a companhia do treinador (ver peça ao lado), e aterra esta quarta-feira em Auckland, já em pleno processo de adaptação à diferença horária. Antes de voar para a 15.ª época no ATP Tour, não deixa de manter a tradição e contar a O JOGO aquilo que tem preparado. “Apesar de ter acabado a última época com desconfort­o no ombro direito e nas costas, a pré-época correu dentro das expectativ­as e, melhor, claro do que as anteriores, por causa da lesão no pé”, começou por relatar, mostrando-se “muito contente” com o trabalho feito na BTT, a academia catalã onde treina.

A passagem por Auckland serve de adaptação e primeira avaliação, tendo em vista, a partir do dia 16, o Open da

Austrália. Há um ano, passou pelo qualifying e foi como lucky loser que cedeu ante o italiano Sinner. Terá 26 pontos a defender, mais os 250 da primeira semana de fevereiro, relativos ao título no Índia Sudoeste Open. Pelo meio, jogará a Taça Davis e a possibilid­ade de levar Portugal às Finals.

Pressão ou motivação? João Sousa não demorou muito a pensar,atirando:“Motivação! Sem dúvida”. Começando por elencar a “importânci­a de disputar um Grand Slam, torneios em que todos querem jogar muito bem e, claro, nos quais a motivação é muito 82.º do ranking ATP grande”, antecipa que a ronda de 4 e 5 de fevereiro, na Maia, frente à República Checa, será “muito difícil”. E aproveita para lembrar a “importânci­a do apoio do público, para tornar marcante a eliminatór­ia”.

Quanto ao perigo de abandonar o top-100, quando o objetivo para 2023 é reentrar no top-50, João Sousa puxa pela experiênci­a: “Vão cair 250 pontos, mas espero somar alguns até essa data e, se tal não acontecer, voltar a tentar subir no ranking, mantendo bem vivo o objetivo de estar onde quero muito estar, que é nos 50 melhores mundiais”.

“Depois de duas pré-épocas com uma lesão no pé, finalmente esta correu muito bem”

“Tenho nível para manter bem vivo o objetivo de voltar ao top-50”

João Sousa

 ?? ??

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Portugal