“Vieram para subir e a pensar na Europa”
André Moreira era guarda-redes do Aston Villa quando Nassef Sawiris, agora acionista da SAD minhota, assumiu o clube inglês . Revela os ganhos de organização e planeamento
Com a pujante entrada do capital de Nassef Sawiris na SAD e com uma linha de crédito de 20 milhões, espera-se um rápido reforço das ambições desportivas, associadas a um forte investimento.
Aprovada a entrada de capital da V Sports na SAD do Vitória, impondo naturalmente influência com base nos seus 46 por cento de ações e uma linha de crédito de 20 milhões de euros, muito se especula sobre o futuro do emblema de Guimarães no que acarreta ao reforço das ambições desportivas, para lá do necessáriosaneamentofinanceiro. Não há dúvidas que a sociedade que abraçou a parceria com o Vitória tem um vistoso currículo desportivo que a qualifica particularmente e pode seduzir os adeptos, tendo como parâmetro de análise o trabalho desenvolvido desde
a injeção de fundos no Aston Villa, quando o egípcio Nassef Sawiris se tornou proprietário do clube de Birmingham, em 2018/19, conferindo-lhe rapidamente a aura grandiosa da Premier League mesmo quando jogava no Championship. Os “villans” atravessaram todas as dificuldades de um dos mais disputados campeonatos do planeta e reocuparam o seu lugar entre os melhores. Sawiris ficou com os créditos pelo caminho de retoma. Nessa temporada, mesmo com escassa utilização, participou o guarda-redes André Moreira, agora nos suíços do Grasshoppers. O português, que chegou a estar vinculado ao Atlético Madrid, destaca os contornos da atmosfera que cresceu em Villa Park a reboque do investimento de Sawiris e Wes Edens.
“Deu para perceber desde o início ao que eles vinham! Queriam mesmo meter o clube
na Premier League e não se ficar por aí. Penso que já estavam a pensar nas competições europeias e tudo o mais. Em termos de organização e planeamento, o Aston Villa começou a funcionar muito melhor.Oegípciocostumavaaparecer praticamente em todos os jogos em casa e alguns fora. Quando era em casa, era comum vê-lo depois no balneário. Já o americano raramente
aparecia”, explica, valorizando o significado que tudo isto pode ter a nação vitoriana.
“Pode elevar muito o nível do clube e alavancar as ambições, não de uma forma imediata, mais a médio e longo prazo. A situação dos investidores está sempre relacionada com sucesso ou falta dele”, regista o guarda-redes, deixando o parecer que lhe chega pelos diálogos que mantém.
“A ideia dominante é que pessoas do clube e os adeptos estão muito satisfeitos com a liderança. Os resultados ajudam e o sucesso chegou logo com a subida. Quando assim é!”, exorta André Moreira, definindo o estilo de comando da dupla endinheirada: “A liderança é feita à distância, mas havendo sempre uma sensação de proximidade com vários departamentos. A equipa fica mais à margem. Nunca houve grande contacto.”
“Deu para perceber logo ao que vinham! Acho que é um investimento que pode elevar muito o nível do Vitória” André Moreira Guarda-redes do Grasshoppers