O Jogo

Um espanhol suave na Seleção

- Vitor.santos@ojogo.pt

O tempo não está para revoluções, já se percebeu pela primeira convocatór­ia de Roberto Martínez, mas há sinais que indicam mudanças importante­s no futuro próximo da Seleção Nacional.

Aideia de uma rutura imediata com o passado da Seleção Nacional parece ter sido desfeita na semana passada, no dia em que Roberto Martínez revelou a primeira convocatór­ia. A inclusão de Cristiano Ronaldo e de toda a espinha-dorsal que sustentou o trajeto de Fernando Santos projeta continuida­de e confirma a entrada sensata do treinador no novo projeto. Não estava tudo mal, nem passará a estar tudo bem de uma hora para a outra. A opção faz todo o sentido.

Mas existem sinais, positivos na minha perspetiva, que apontam no sentido de mudanças que terão, inevitavel­mente, de acontecer. A saída de Ricardo Regufe é um bom exemplo. Independen­temente de a iniciativa ter partido do agora de agente de jogadores, certo é que a partir de agora será retomada a normalidad­e. E a normalidad­e é que todos os convocados, de Cristiano Ronaldo a Diogo Leite, mereçam o mesmo tipo de acompanham­ento.

No plano meramente desportivo, o número de defesas-centrais chamados pelo espanhol indicia que Portugal poderá passar a ter um sistema alternativ­o, com três defesas, o que pode fazer todo o sentido. No último Mundial, lembramono­s todos, Fernando Santos foi criticado pela falta de flanqueado­res na convocatór­ia. Na realidade, também já não abundam, em qualidade, no campo de recrutamen­to. Por outro lado, não faltam laterais de grande qualidade, com capacidade para percorrer flanco, o que numa defesa a três oferece opções de jogo diferentes e mais interessan­tes sob o ponto de vista ofensivo. Embora o tempo de preparação seja escasso, os adversário­s, Liechtenst­ein e Luxemburgo, são ideais para testar novas dinâmicas, até porque não passa pela cabeça de ninguém Portugal perder pontos com seleções da quarta divisão europeia.

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