Liga quer famílias de volta aos estádios
Bilhética centralizada e nominativa é um dos desejos da Liga para o combate à violência
A Liga Portugal defendeu, ontem, na Assembleia da República (AR) a necessidade do regime jurídico de segurançaem espetá cu los desportivos prever um modelo de bilhética centralizada e nominativa. A AR aprovou, em 24 de fevereiro, na generalidade, o projeto-lei do PS com vista à revisão da lei que estabelece o Regime Jurídico da Segurança. O projeto do PS, que está agora a ser discutido na especialidade, foi aprovado com os votos dos deputados socialistas.
Helena Pires, diretora executiva da Liga, defendeu na Comissão de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto, que um modelo de gestão e controlo de acessos nominativo “permitirá uma melhoria da gestão dos acessos, o combate à contrafação, e a melhoria nas condições de hospitalidade”, vincando que a Liga “definiu o regresso das famílias aos estádios como uma das suas prioridades”. A dirigente lembrou que a “UEFA já tem esta prática implementada” e que em Portugal há “um projeto-piloto nesta área na II Liga”.
Helena Pires destacou ainda outras duas propostas da Liga, que deseja uma “intervenção mais efetiva e uniforme das forças de segurança na revista e controlo de acessos, para evitar entrada de artefactos proibidos”, bem como “uma intervenção mais eficaz no interior dos recintos, sobretudo nas bancadas, em situações de desordem”.
O organismo que gere o futebol profissional pretende que a lei obrigue a um “maior controlo dos adeptos que estejam impedidos de entrar em recintos desportivos”, obrigando à sua “apresentação e permanência junto de uma autoridade ou órgão de polícia criminal”.