O Jogo

O OURO DA NOVA GERA

Médio de 17 anos é pérola criada e aperfeiçoa­da em Alcochete, prometendo dar que falar no futebol

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No Sporting desde 2017, Andreia passou por todos os escalões de formação do emblema leonino e, esta temporada, ascendeu ao plantel principal, onde regista quatro golos em 17 jogos.

JOÃO FERNANDO VIEIRA

Nos últimos anos têm sido muitas as preciosida­des produzidas ou aprimorada­s em Alcochete, onde o futebol de formação continua a ser um dos pilares do Sporting. No futebol feminino, o clube de Alvalade espera fazer o mesmo e conduzir o nome das suas jogadoras além-fronteiras. Andreia Bravo, médio de 17 anos, é apontada como a “next big thing”. Começou a jogar à bola com seis anos e foi num torneioaos­erviçodaAD­Quinta do Conde, clube onde começou a carreira, que despertou o interesse leonino. Contudo, o futebol não é a única ocupação de Andreia que, como qualquer jovem de 17 anos, ainda tem que se preocupar com os estudos.

Como surgiu a sua paixão pelo futebol?

—Foi desde muito cedo. Surgiu tudo de forma muito natural. No entanto, o meu pai não acreditava muito em mim e nunca pensou que eu fosse chegar longe. Hoje, posso dizer que é o meu fã número um e é o meu grande apoio no futebol, tal como toda a minha família.

A Andreia representa o Sporting desde 2017, iniciou o seu percurso ao serviço das sub-13 e passou por todos os escalões de formação do clube. De que forma é que a Academia de Alcochete é diferencia­da?

—As condições que o Sporting oferece são fantástica­s. É um orgulho estar cá e poder fazer parte deste clube de grande dimensão. Não falta nada a ninguém e todas as pessoas são exemplares. Temos transporte­s, apoio, salas de estudo, médicos, etc. É tudo muito especial e planeado ao pormenor. Além do investimen­to a nível de infraestru­turas, a ideia basilar é centrada na atleta.

Que análise faz ao seu processo evolutivo e que aspetos foram potenciado­s ao longo destes anos?

—Evoluí imenso a nível psicológic­o. Sinto-me muito mais forte e mais apta para mostrar o meu talento, e foi algo que foi trabalhado ao longo do tempo. Luto pelos meus objetivos e a mentalidad­e é a base de tudo. OSportingt­rabalhamui­tobem para preparar as suas jogadoras para os contextos competitiv­os. Já temos mais experiênci­a no futebol feminino e penso que a adaptação internacio­nal será muito mais fácil do que foi para as jogadoras que não passaram pela formação feminina.

Que medidas seria importante implementa­r para dar mais visibilida­de ao futebol feminino e tornar a profission­alização mais fácil? —Passar mais vezes os jogos na televisão, tal como apostar na formação e na profission­alização dos clubes. O cresciment­o do futebol feminino é notório e temos de começar a galgar terreno. Investir na qualidade das infraestru­turas, apresentar mais contratos profission­ais.

O futebol não é a sua única ocupação. Ainda tem os estudos com que se preocupar…

—Sim, e é desafiante conciliar a escola com os treinos, mas é também aí que o Sporting entra. Oferece todas as condições e comodidade­s para que o meu aproveitam­ento seja o melhor.

Qual é a sua visão acerca da forte aposta do clube na formação?

—É o ADN do Sporting. É bom saber que o clube valoriza as suas atletas e investe em nós. Estamos a traçar um caminho idêntico ao do futebol masculino. Por exemplo, a treinadora Mariana conheceme desde pequena, tal como a todas as minhas colegas mais jovens. É esse labor que torna o Sporting ímpar.

Esta temporada subiu à equipa principal e regista 17 jogos e quatro golos.

é a grande Andreia Jacinto Modelo: no futebol Andreia Bravo referência de

“No início, o meu pai não acreditava muito em mim. Hoje, é o meu fã número um”

“Temos de investir mais nas infraestru­turas, mais contratos profission­ais” Andreia Bravo Médio do Sporting

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