O Jogo

“Um mês de festa, é carnaval no Rio”

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Carnevale é campeão ●●● em 1987 e 1990, torna-se íntimo de Maradona e ajuda a definir o primeiro título, marcando diante da Fiorentina num San Paolo lotado com 100 mil pessoas.

“Só tínhamos de empatar. Estávamos na concentraç­ão, prontos a descansar, mas foi uma noite muito difícil, ninguém conseguia dormir. Todos pareciam acordados e Diego veio ao meu quarto também inquieto. Essa noite representa a importânci­a desse campeonato, ninguém dormiu antes da Fiorentina. Fazia-se tarde e a ansiedade galopava. O jogo acabou 1-1, eu marquei, uma cidade comemorou”, ilustra Carnevale, expondo a irmandade com El Pibe.

“Eu e Diego éramos dois amigos que se queriam muito. Ele tinha imensa estima por mim, amava-me.Estivepres­enteem todas as festas que organizou, fossem aniversári­os ou casamentos. Ele foi o maior da história, fez-me ganhar dois campeonato­s, uma Taça UEFA e uma Taça de Itália. Acabei por chegar à seleção e disputar o Mundial de 1990. Sinto muito a falta dele. Era generoso e zelava por todos nós”, lembra, legendando as coroações.

“Os dois títulos do Nápoles equivalem a vinte campeonato­s, porque há essa grande rivalidade entre norte e sul. O sul sempre ganhou muito pouco, as nossas vitórias foram vitórias para o povo napolitano, gente napolitana, que sempre nos apoiou, dentro de portas e fora de portas. É vencer por um povo sofredor”, regista.

“Jogar pelos napolitano­s era jogar por um povo maravilhos­o. As duas comemoraçõ­es foram épicas, em cada campeonato­foiummêsaf­estejar.Uma festa incomparáv­el, é como quando te hospedas no Rio de Janeiro para um mês de Carnaval.”

“Era jogar por um povo maravilhos­o e vencer por um povo sofredor”

Andrea Carnevale ex-jogador do Nápoles

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