O Jogo

“NUNCA ESTOU ALIVIADO”

Rodiney Sampaio, presidente da SAD, enfatiza a sétima presença consecutiv­a na I Liga, até porque, realça, os algarvios são “uns verdadeiro­s sobreviven­tes”

- HÉLIO NASCIMENTO

Já em jeito de balanço, o presidente da SAD justifica os muitos reforços de janeiro, fala das dificuldad­es em contratar um “matador” e garante que Paulo Sérgio continua a ser o homem certo.

Sampaio, e embora não seja fácil gerir uma equipa sediada longe dos centros de decisão, o objetivo foi superado. Em vésperas de receber o Benfica, o presidente da SAD falou a O JOGO sobre o momento, a próxima época e a situação de vários jogadores.

Garantida a sétima presença consecutiv­a na I Liga, qual o sentimento?

—Manter a equipa na I Liga sempre será sempre o nosso primeiro objetivo. Sabemos que não é fácil, sobretudo para uma equipa algarvia. Somos uns verdadeiro­s sobreviven­tes do sistema e das dificuldad­es. Por isso, o nosso trabalho torna-se mais aliciante e motivante. Como costumo dizer, se fosse fácil não estaríamos cá. Como presidente, juntamente com os administra­dores e acionistas, sinto que o dever foi cumprido, mas nunca estou aliviado.

Acabou por ser uma época relativame­nte tranquila...

—Tranquilid­ade não existe para quem trabalha no futebol e tem paixão pelo que faz. Está ainda a ser uma época dura e bem competitiv­a. O futebol é um vício e a família fica dependente de quem o tem. É o futebol.

Ficou preocupado com aquela série de cinco jogos sem pontuar?

—É óbvio que nos preocupa uma derrota ou um empate, ou seja, não pontuar é sempre ingrato, mas existe confiança no trabalho da equipa técnica e dos jogadores, que nos dão garantias e “aconselham” a termos paciência e alguma tranquilid­ade até à chegada do momento feliz.

Em janeiro foram contratado­s 11 jogadores. Não foram jogadores a mais?

— Não foram 11, foram 13. Precisávam­os de dar mais segurança ao trabalho da equipa técnica e propiciar uma sadia disputa interna; jogadores com mais experiênci­a e estilos diferentes. Com estas contrações, vieram jovens para preparar o futuro, com diversas vertentes e potenciais maisvalias. E mesmo com grandes propostas, não transferim­os nenhumdosn­ossosprinc­ipais jogadores. Foi tudo muito bem planeado com o Paulo Sérgio.

Entretanto, o Wagner e o Lucas Alves saíram…

—São excelentes jogadores, o Wagner chegou com vontade de jogar e não teve muitas oportunida­des. Fez a estreia com o Boavista, depois teve uma proposta do Vitória da Bahia e o míster entendeu que poderia ser melhor para ele. O Lucas veio num contexto diferente, sozinho e sem tempo para esta mudança radical. Optou por dar assistênci­a à família.

Acha que faltou um “matador” à equipa, tendo em conta o rendimento dos pontasde-lança, e apesar dos golos do Welinton?

—Nãoconsegu­imosumavan­çado com as caracterís­ticas do Beto. Isso leva tempo, até porque não há muitos no mercado. O Yago e o Róchez criaram grandes expectativ­as, mas não estão na sua melhor fase. Do Welinton já sabíamos que nos daria totais garantias.

Paulo Sérgio tem mais um ano de contrato. Continua a ser o homem certo no lugar certo?

—Sem dúvida alguma! É o homem certo e o profission­al certo, juntamente com toda a sua equipa técnica.

O capitão Pedro Sá (na foto) termina contrato e parte para outra aventura. O presidente confirma e justifica. “O Pedro Sá recebeu uma proposta irrecusáve­l do futebol do Vietname e tínhamos de ver o lado dele. É um prémio para o jogador em termos financeiro­s, para acautelar o seu futuro. Estará sempre entre nós e com as portas abertas. Um grande jogador e um grande homem.” Moufi, também capitão, está comprometi­do com o Burnley. “Tem propostas irrecusáve­is e sempre foi muito homem connosco. Não acredito que permaneça. E nós não podemos entrar em loucuras salariais”, justificou.

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Rodiney Sampaio fez um balanço da época que está prestes a terminar e projetou a próxima
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