O Jogo

LIGA E FPF QUEREM LEI MAIS EXIGENTE

Fernando Gomes e Pedro Proença salientara­m que se pretende alcançar legislação mais estruturad­a e eficaz na regulação das SAD

- MIGUEL LAEZZA

Ainda assim, o presidente da Liga Portugal advertiu para algumas lacunas da proposta de lei, revelando que uma das mais significat­ivas é a atribuição da fiscalizaç­ão da legislação a um novo órgão.

Fernando Gomes, presidente da Federação Portuguesa de Futebol, e Pedro Proença, presidente da Liga Portugal, destacaram, ontem, à margem da Comissão de Cultura, Comunicaçã­o, Juventude e Desporto, na Assembleia da República (AR), as virtudes do novo regime jurídico das sociedades desportiva­s, que pretende regular a relação entre clubes e SAD, dando respostas que o anterior quadro legislativ­o não permitia.

“As projetadas normas demonstram que se pretende alcançar um quadro normativo, no âmbito especial das sociedades desportiva­s, mais exigente, em diversas vertentes, no agir sadio dessas organizaçõ­es desportiva­s”, afirmou Gomes. Já Proença frisou que “estamos perante uma oportunida­de única para definirmos, de uma vez por todas, um quadro regulatóri­o mais exigente e, acima de tudo, mais eficaz”. O líder do organismo que gere as competiçõe­s profission­ais do futebol nacional referiu ainda que “temos, agora, condições para criar uma lei bem estruturad­a, forte e que não desiluda”, mas alertou para algumas lacunas da proposta de lei, que está em apreciação na especialid­ade. Segundo o dirigente, uma das mais significat­ivas é a atribuição da fiscalizaç­ão da legislação a um novo órgão, a Plataforma de Combate à Manipulaçã­o de Competiçõe­s Desportiva­s, que “corre o risco de ser inoperante”.

A Liga de clubes deseja manter as competênci­as de fiscalizaç­ão e escrutínio no futebol profission­al na já existente

Comissão de Auditoria, enquanto a FPF considera que essa função deve ser exercida por uma entidade externa.

Questionad­o sobre a polémica relacionad­a com o contrato do ex-selecionad­or Fernando Santos, em que está em causa a alegada utilização indevida de empresas unipessoai­s para processame­nto de rendimento­s de trabalho, um mecanismo utilizado com o propósito de pagar menos impostos, Gomes realçou que a FPF “não tem nenhuma contingênc­ia fiscal”.

“Temos condições para criar uma lei bem estruturad­a, forte e que não desiluda” Pedro Proença Presidente da Liga Portugal

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Pedro Proença, presidente da Liga, e Fernando Gomes, líder da FPF

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