O Jogo

“Foi aqui que cresci como homem e como jogador”

Natural de Cabo Verde, Eddy Fernandes é indissociá­vel do emblema de Carcavelos, cujas cores veste desde 2012/13, e até já renovou por uma temporada e 48 golos Registo: Eddy contabiliz­a 234 jogos com a camisola do Quinta dos Lombos

- JOÃO FERNANDO VIEIRA

O fixo, de 34 anos, não esconde a paixão pelo Quinta dos Lombos, referindo a O JOGO que vencer um troféu pelo clube é algo muito desejado. Carreira de treinador é algo em ponderação.

Eddy começou nos relvados ao serviço do clube do seu bairro, o Abóboda, passando ainda pela Escola do Arsenal. “Os meus amigos incentivar­am-me a ir para o futebol. Fui lá treinar e fiquei”. De desafio em desafio, o cabo-verdiano foi crescendo e desenvolve­ndo uma bonita afeição pela bola, mas o apelo da quadra era grande. Mais uma vez, os amigos foram decisivos nesta escolha e Eddy iniciou a carreira no futsal ao serviço do Unidos do Zambujal. Esta mudança revelou-se decisiva, ajudando a moldar o jogador que hoje vemos atuar na Liga Placard.

O fixo, 34 anos, apresenta uma bela história no Quinta dos Lombos, clube que representa há 11 temporadas e que, feliz, chama “casa”. “O Lombos significa muito para mim. É um clube que faz parte de mim, da minha vida, e que considero uma família. Foi aqui que cresci como homem e como jogador, e espero retribuir o afeto e os ensinament­os”, diz o futsalista, apontando os principais desafios de capitanear o plantel carcavelen­se. “Sempre apanhei bons grupos e tive sempre a vida facilitada. Não sou um capitão autoritári­o. Na verdade, somos todos capitães e gosto sempre de pedir opiniões aos meus companheir­os”, conta a O JOGO.

Com 34 anos e uma carreira de sucesso, Eddy admite que já há alguns anos pondera pendurar as botas, mas o “bichinho” da quadra não o tem permitido. “Estou sempre a dizer que é o meu último ano, mas nunca é verdade. A realidade é que me sinto bem para ajudar e para contribuir na quadra. Quando isso não acontecer, irei refletir e dar o meu lugar aos mais jovens e aos jogadores mais capazes do que eu. A certeza que tenho é que quando deixar o futsal irei parar um ano para descansar e repensar tudo”, planeia, deixando no ar a possibilid­ade de se manter ligado ao futsal: “Talvez siga a carreira de treinador.”

“Sempre apanhei bons grupos e tive sempre a vida facilitada. Não sou um capitão autoritári­o”

Eddy Fernandes Fixo do Quinta dos Lombos

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A próxima temporada será a 12.ª de Eddy ao serviço do clube de Carcavelos
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