O Jogo

Falhar a Champions é fatal e traça destino

- Vítor Santos vitor.santos@ojogo.pt

Acaminho de se confirmar, a impossibil­idade de contar com os milhões da Liga dos Campeões coloca o Sporting numa situação desconfort­ável perante o mercado, face à necessidad­e de abrir os cordões que blindam o plantel para realizar dinheiro a sério. Os grandes clubes portuguese­s dificilmen­te, num futuro próximo, deixarão de estar obrigados a vender, mas esta sina agrava-se quando se fecha a porta da Champions e a paisagem vai ficar ainda mais nebulosa a partir de 2024/25, com apenas uma entrada direta e outra via pré-eliminatór­ias no pote milionário.

Ugarte, como se percebe pelas palavras do agente do médio, está já de malas aviadas, seguindose, provavelme­nte, Pote ou Edwards, depois de o clube ter sido obrigado a abrir mão de Pedro Porro no mercado de inverno. É muito talento junto em fuga. A missão de Amorim, que com a honestidad­e habitual sublinha vezes sem conta o sabor a frustração por uma época que ainda nem terminou, tem tudo para se tornar ainda mais complicada, embora também não seja líquido que o treinador continue em Alvalade, porque mercado não lhe falta.

Se não conseguire­m ultrapassa­r o Sporting de

Braga até ao fim da Liga – ainda é possível, mas será complicadí­ssimo – os leões ficarão com a próxima temporada, em termos de investimen­to, comprometi­da. Pelo menos, essa é imagem destes dias de aproximaçã­o ao mercado de verão. Com uma agravante: enquanto as grandes figuras leoninas estão muito expostas, no Minho não é bem assim. Com um orçamento menos pujante, mas igualmente servido por um plantel fortíssimo, em Braga é notícia a aposta na renovação do empréstimo de Bruma, num sinal claro de que o esforço de aproximaçã­o aos “grandes” vai continuar.

O esforço de aproximaçã­o aos grandes será reforçado em Braga, sobretudo se a equipa se apurar para a fase de grupos da Champions, enquanto em Alvalade se avizinham tempos difíceis.

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