Exigida arbitragem mais independente
Presidente dos leões pretende ver o sector fora da Federação Portuguesa de Futebol: “Temos que defender um sistema transparente”, considera
Sempre incisivo em relação ao tema, o líder leonino insistiu na ideia de que os áudios das conversas entre o VAR e os árbitros devem ser revelados publicamente, como na Premier League.
●●● Frederico Varandas esteve ontem na apresentação do livro lançado por Luciano Gonçalves, presidente da APAF, intitulado “Todos Fazemos Parte - 10 anos de opiniões”. O evento decorreu na Batalha e o líder leonino não se coibiu de voltar a manifestar o posicionamento do Sporting em relação à arbitragem. “É possível tirar a arbitragem da alçada da federação. Devemos defender um sistema mais independente”, começou por afirmar o presidente verde e branco à Sport TV, reafirmando a razão da sua presença .“O Luciano Gonçalve sé um hom em íntegro, defende a classe e luta para melhorara classe e eu estou alinhado como Luciano. Defendo uma arbitragem independente dos grandes, aliás, de qualquer clube. Devemos defender um sistema mais independente”, sublinhou.
Varandas vai mais longe e garante que não está a apontar críticas a nenhum clube nem dirigente, o seu propósito é mesmo encontrar formas de melhorar o setor. “Não estou a pôr em causa nenhuma questão pessoal com nenhum clube ou presidentes. Acho que é mesmo o próprio sistema. Temos que defender um sistema mais independente, mais transparente e fazer com que os árbitros não sejam condicionados por nenhum clube. Acho que é fundamental para o futebol português ver os melhores exemplos lá fora. E o melhor exemplo chama-se Premier League. Não temos de ter vergonha, medo. Temos de ter muita coragem de copiar o que se faz bem feito. E o que se faz bem feito na Premier League é uma arbitragem independente. Totalmente fora da esfera dos clubes. E digo em relação ao Sporting e sou presidente do Sporting. Eu não quero que nenhum presidente... O presidente que ocupe o meu lugar possa condicionar árbitros. Eu não quero que os meus rivais o possam fazer. Por isso, defendo uma arbitragem qualificada. Quero que se aposte cada vez mais na formação para termos cada vez mais melhores árbitros”, reagiu.
Mantendo a tom da entrevista, lembra que o Sporting defendeu sempre que as comunicações entre o VAR e os árbitros fossem tornadas públicas .“No ano passado apresentámos em Assembleia Geral da Liga essa ideia. Infelizmente, nenhum clube assinou por baixo a nossa vontade. Hoje, vejo que alguns já o dizem, não afirmam publicamente e no momento de tomar a decisão são contra, mas dizem cá para fora”.
O posicionamento dos rivais Benfica e FC Porto sobre esta matéria também mereceu um comentário do líder leonino. “Em relação ao ano passado, o Sporting ficou isolado. Mas fomos mais longe, não queremos que os árbitros sejam pressionados, coagidos. O Sporting quis dar um exemplo, de maneira a que o banco da equipa da casa não ficasse por trás dos fiscais de linha. Mas mais uma vez ficámos a falar sozinhos. Por isso, nem
LÍDER LEONINO ESTEVE NO LANÇAMENTO DO LIVRO DE LUCIANO GONÇALVES, PRESIDENTE DA APAF, NA BATALHA
que continue a falar sozinho, vamos continuar a falar. Defendo que os árbitros não podem ser condicionados, não podem ser ameaçados, não podem ser coagidos, temos de ser muito melhores”.
A finalizar, Varandas foi questionado sobre a ausência de elementos do FC Porto no evento, ao contrário do Benfica, que se fez representar por Rui Costa. “Não me interessa que estejam aqui as pessoas, interessa-me o que fazem e pensam e que queiram melhorara arbitragem ”, atirou.
“Defendo uma arbitragem qualificada. Que se aposte cada vez mais na formação para termos mais e melhores árbitros”
Frederico Varandas Presidente do Sporting