“André Franco precisava de uns abanões”
Vasco Seabra está a gostar de ver o médio que treinou nos sub-23 do Estoril destacar-se no FC Porto, tal como da época que João Basso, com quem trabalhou no mesmo clube, está a fazer no Arouca.
O treinador orientou André Franco e João Basso nos sub-23 do Estoril , jogadores que estão a destacar-se no campeonato ao serviço de FC Porto e Arouca.
Como tem visto a época de estreia de André Franco no FC Porto?
—Sinto que está a passar por um período de afirmação e encontrou um treinador [Sérgio Conceição] que o vai desafiar diariamente. Quando trabalhei com ele nos sub-23 do Estoril, tinha estado um ano sem jogar e às vezes precisava de uns abanões porque não se desafiava o suficiente. O talento que ele tem não chega, ainda pode mostrar muito mais caso se desafie constantemente. Mas até agora tem superado patamares e tem estado à altura quando passa para um nível superior.
É um jogador que acrescenta algo mais a uma equipa como o FC Porto?
—Semdúvida.Essencialmente, é um criativo, algo que acrescenta sempre muito a uma equipa. É muito inteligente, sabe ler o jogo e encontrar espaços. Tem um último passe muito interessante e está ainda a evoluir. Nos últimos anos começou a ter mais chegada à baliza e sentiu o prazer da finalização, o que é natural pelos terrenos que começou a pisar, jogando como 10 ou segundo avançado.
Outro jogador com quem trabalhou nos sub-23 do Estoril e se está a destacar no Arouca é João Basso. Está surpreendido com a época dele?
—Sinceramente, não. O João Basso é um campeão, um vencedor nato. Teve um momento difícil quando baixou para os sub-23 do Estoril, mas tem um caráter extraordinário e é fantástica a forma como se desafia todos os dias. Tem ambição de conquistar sempre mais, cada treino é para ele como a final da Liga dos Campeões. Tudo isso faz dele um capitão extraordinário. Acredito que ainda pode dar um salto na carreira, seja na Europa ou no Brasil. Se o Arouca mantiver a posição em que está, penso que pode desafiarse a jogar competições europeias.
André Franco, do FC Porto, “ainda pode mostrar mais caso se desafie constantemente” e João Basso, do Arouca, “é um capitão extraordinário”
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