Mantém o ritmo do vira minhoto
MANUEL PÉREZ
Concretizado o objetivo da conquista de uma Taça dos Campeões Europeus que fugia desde o século passado, o FC Porto prolongou, ontem, o estado de graça e, sem qualquer sobressalto, ganhou à Oliveirense. Um passo importante rumo às meias-finais do play-off destinado a eleger o campeão nacional e um tónico para o jogo de domingo, em Oliveira de Azeméis, que pode selar o 2-0 na ronda.
Antes de se exibir perante os adeptos, que fizeram longa fila para se deleitarem com o troféu da Champions exposto à entrada do pavilhão, o plantel do FC Porto viveu um misto de emoção e gratidão, na visita a Ilídio Pinto. O responsável pelo início da era triunfal foi surpreendido pela entrada de Pinto de Costa e todo o staff hoquista na célebre confeitaria que possui, para lhe dedicar a pesada taça dourada.
Ao princípio da noite, e num acesso à pista com a equipa de Paulo Pereira a fazer guarda de honra, o FC Porto apresentou o mesmo cinco que iniciara a final com o Valongo, há quatro dias e, ao cabo de dez fulgurantes minutos, já vencia por 4-0. Números muito pesados para os oliveirenses, construídos à custa de uma disponibilidade mental e física que, esta época, mesmo em jogos em casa, faltou algumas vezes aos homens de Ricardo Ares. Uma defesa segura, níveis de intensidade muito altos na criação de ataques perigosos e uma eficácia tranquilizadora, permitiram reagir rápido aos dois golos contrários (5-2). Após um desconto de tempo para evitar calafrios, o 7-2 não tardou, graças a quatro minutos finais em que a dinâmica, a fome de bola e o desfrutar sintetizaram a grande exibição. “O objetivo era manter a exigência no topo e foi isso que aconteceu”
Nascido há 31 anos, em Barcelos, o avançado pegou de estaca na equipa do FC Porto, desde o regresso, há quase dez temporadas, e parece que os ares minhotos o predispuseram a mostrar por estes dias a sua melhor versão. Em Viana do Castelo, nos três jogos que levaram à conquista da Liga dos Campeões, teve sempre um rendimento muito elevado, marcando um golo em cada. Ontem manteve a aura e bisou, depois do leve susto do 5-0 para o 5-2.
Ricardo Ares Treinador do FC Porto
“Não acreditámos muito que podíamos dar a volta ao resultado”
Frederico Mascarenhas Adjunto da Oliveirense