Para mais e melhor
Qualquer exercício é falível quando se deita a adivinhar. Ontem, o FC Porto adormeceu depois de ver Benfica e Sporting jogar e não se pode dizer que os jogos tenham propiciado sonhos coloridos. Neste domingo, ao acordar, os “dragões” sabem que só dependem de si para adiar festas previamente anunciadas. Fazer a sua obrigação não é desrespeitar o adversário ou sobranceria. A equipa já falhou tudo o que tinha para falhar numa época, ainda assim, com troféus ganhos e a transportar o pleno de títulos no regaço. Vencer o Casa Pia( que já não ganhadesde Março) não adia apenas a festa de outros. Cumprir o plano de jogo e arrecadar três pontos, confirma quase matematicamente (se o Braga não escorre garantes frente ao Santa Clara) o segundo lugar e o acesso directoàLigad os Campeões. Mais: coloca os arsenalistas nump atam ardei nacessibilida deàvic e-liderança, não permitindo que cresçam neste fim de época para maiores índices motiva cio na is na antecâmara da Taça de Portugal. Assegurar e condicionar, dois verbos que o FC Porto deverá conjugar esta noite, mesmo em cima da linha do “photo finish”. É indesculpável qualquer arremesso de desculpas pelaim possibilidade de utilização de Otávio, Marcano e João Mário. As oito vitórias nos oito últimos jogos conseguiram-se remando contra todas as dificuldades, todos os impedimentos e contra uma diferença pontual que tinha os condimentos certos para multiplicar o sentimento de descrença ou de desistência. A forma como a equipa manteve a dúvida acesa foi a penúltima prova de competência e respeito pela História que a época azule branca entregou. A derradeira será forjada no Jamor. Só coma matemática como aliada, o FC Porto pode despedir-se da época com vitórias nos últimos11 jogos. Caso consiga sair a ganhar com11,honr ará o12º jogador,
Desperdiçámos e entregámos pontos que nos fariam campeões
jogará a passe curto para a alma, mais perto. Na realidade, o12º jogador nunca abandona. M esmoque esta época confirme que Sérgio Conceiçãoé mesmocampeãoano-sim-anonão como a fatalidade do destino, sobram razões para pensar que desperdiçámos e entregámos pontos impensáveis que agora nos fariam campeões. Sobejam também razões para acreditar que, por outro lado, a próxima época nos poderá entregar, novamente, mais e melhor.