O Jogo

“Caminho difícil em Portugal por não me impor no Sporting”

Muitas curvas rumo ao topo. Do fecho do Salgueiros aos salários em atraso no Felgueiras

-

●●● Começou a jogar no Penafiel, onde deu nas vistas ao ponto de ser contratado pelo Sporting com apenas 12 anos. O caminho na academia leonina não se perspetiva­va fácil e acabou por rumar ao Sacavenens­e nos sub-15. Esteve ali três épocas, o suficiente para merecer uma segunda oportunida­de em Alvalade. Ainda jogou na equipa B, mas nunca alcançou o sonho de atuar pela formação principal. Depois de passar por Felgueiras e Vitória de Setúbal, foi contratado pelo Benfica, mas teve novas dificuldad­es em impor-se num grande de Portugal, acabando por ser emprestado ao Paços de Ferreira e, depois, ao Estrela da Amadora. Na Reboleira ganhou projeção e saltou para Inglaterra, ficando o amargo de boca de nunca ter jogado por títulos em Portugal.

Ainda recorda bem o seu trajeto difícil em Portugal?

—Estou agradecido ao Sporting e Sacavenens­e pela formação, pelos princípios e valores transmitid­os. O meu caminho foi um pouco mais difícil por não me ter imposto na equipa principal do Sporting. Relembro dois meses no Salgueiros, o clube fechou portas, e uma época no Felgueiras, desportiva­mente muito boa, mas financeira­mente complicada, pois só recebemos seis vencimento­s.

Seguiu-se Setúbal, uma etapa muito proveitosa...

“Assinei pelo Benfica mas não há muito a dizer, pois não me deram oportunida­des e fui sempre emprestado”

—Foram seis meses muito felizes em Setúbal com Norton de Matos, que confiou bastante no meu valor. Assinei pelo Benfica mas não há muito para dizer, pois não me deram oportunida­des e fui sempre emprestado. Passei pelo Paços de Ferreira e fiz uma época fantástica no Estrela da Amadora que me fez chegar finalmente ao futebol inglês, pela porta da 2ª Divisão, mas foi uma das melhores decisões da carreira.

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Portugal