Cort faz o pleno Almeida aguenta
Num dia caótico, com a chuva e o frio a provocarem várias quedas, o dinamarquês ganhou a etapa e o português terminou no pelotão
Tinha seis vitórias na Volta a Espanha e duas na Volta a França, pelo que faltava uma no Giro para completar o leque das Grandes Voltas. Magnus Cort conseguiu-o ontem. “É inacreditável”, disse.
O dinamarquês Magnus Cort (EF Education-Easy Post) venceu a 10.ª etapa da Volta a Itália, num sprint disputado entre os três homens da fuga – os outros dois eram o canadiano Derek Gee (Israel), que foi segundo, e o italiano Alessandro de Marchi (Jayco AlUla), terceiro –, com o britânico Geraint Thomas (INEOS) a manter a liderança da geral. João Almeida (UAE), que, tal como Thomas, chegou com o pelotão, conservou o quarto posto e a camisola branca, que quer agarrar até ao dia 28, em Roma. “É o meu último ano para a camisola branca. No ano passado, a covid-19 tirou-me a hipótese de a ganhar. Este ano, espero conseguir, mas vamos ver, com a covid-19 aí de novo. Vamos ver o que acontece”, adiantou o ciclista de A-dos-Francos que, em 2020, andou 15 etapas com a camisola rosa.
“Tenho rivais complicados, mas acredito que posso ganhar. Se não se acredita, não se alcança. O objetivo é o pódio”, reafirmou ainda, garantindo estar “bastante bem”, mas reconhecendo que, ontem, só queria ver a tirada terminada. “Teve condiçõesmuitoduras.Sópensava em atravessar a meta e ir aquecer-me”, realçou.
Foi, de facto, uma etapa bem agreste, com chuva, frio, quedas e até uma situação caricata, como o facto de um ciclista ter chocado de forma violenta com um mecânico de outra equipaque,nomeiodaestrada, tentava ajudar um atleta seu, quehaviacaído (verfotolegenda). Num dia em que a fuga vingou, Magnus Cort, depois de seis triunfos na Volta a Espanha e dois na Volta a França, completouoplenonasgrandes Voltas, algo que o compatriota Mads Pedersen (Trek-Segafredo) também já tinha feito nesta edição. “É fantástico vencer nas três grande corridas. Foi tão duro, dos dias mais duros que tive em cima de uma bicicleta. Ganhar é inacreditável”, assinalou o nórdico.