O Jogo

“Sem nível, resta continuar a lutar”

João Sousa não afasta nuvem negra e, a OJOGO, diz sentir-se “entristeci­do com a situação”

- MANUEL PÉREZ

Quase três horas de luta e sofrimento no court central do Tennis Clube de Tunis, traçaram mais um desaire de João Sousa, que começa a desesperar ao sentir-se “incapaz de dar a volta a uma situação” que o “entristece como jogador”, como fez questão de comentar em exclusivo ao nosso jornal. Horas antes, o vimaranens­e, que chegou ao Challenger tunisino com credenciai­s de favorito e ex-top-30, voltou a sair por uma porta muito pequena. Ao cabo de 2h55, perdeu, 3-6, 7-5 e 4-6, com o francês Blancaneau­x (180.º), tendo de ir ao fundo do poço e sacar um pedacinho da confiança que lá mora, para vencer um segundo set que perdia por 0-4 e evitar uma derrocada ainda mais aparatosa. Aliás, será também confrontad­o com uma queda de uma centena de lugares (257.º), na segunda-feira, quando o novo ranking for editado. “Faz parte de uma carreira passar por isto, mas é muito duro, porque o que realmente queria era disputar os grandes torneios, mas não tenho tido nível para isso”, disse, relativame­nte a uma travessia de deserto sem meta à vista. “Falta muita motivação, não estou onde gostaria de estar e onde estive durante tantos anos ,e é muito difícil aceitar”, observou a propósito do estado de espírito e deixando uma única solução: “Só me resta continuar a lutar”.

Após ter disputado o quadro principal das últimas onze edições de Roland Garros, vai estar no qualifying da próxima semana, tentando “dar o melhor como sempre tenho feito e procurar inverter esta fase”. A seguir, volta ao ATP Challenger Tour, em Vicenza e Prostejov.

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João Sousa tarda em recuperar o rumo desejado

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