MALAPATA QUEBRADA VALE MEIAS-FINAIS
Na única negra dos quartos de final, a Ovarense triunfou em Oliveira de Azeméis, o que não conseguia há mais de sete anos, marcando encontro com o Benfica
A série mais emocionante dos quartos de final da Liga Betclic terminou com a passagem da Ovarense às “meias”, entrando no top-4 pela primeira vez desde 2018/19 e após épocas de maiores sobressaltos (dois nonos lugares). Na negra, contra a Oliveirense, os vareiros, os que há mais anos seguidos militam no escalão máximo do basquetebol (desde 1980/81), levaram a melhor no cair do pano (57-58), marcando encontro com o Benfica – primeiro duelo é sábado, na Luz (19h30).
Quando já estava à vista o prolongamento, uma falta de Darius Carter, confirmada no Instant Replay System, levou Brandon Peel para a linha de lance-livre. A restar 0,1 segundos no marcador, o norteamericano converteu a primeira tentativa, mas falhou propositadamente a segunda para deixar o relógio correr e assim assegurar o apuramento da formação de Ovar, muito festejado pelos adeptos forasteiros. O caso não era para menos, pois o último triunfo em Oliveira de Azeméis datava de março de 2016! “As equi
pas já se conheciam bem e havia muito pouco a esconder. A diferença esteve nas pequenas coisas, na garra e na luta. Isto é para os atletas, que têm acreditado. Foram premiados por isso. Este público fez parecer que estávamos a jogar em casa”, enalteceu o técnico João Tiago.
Apesar do historial francamente desfavorável das últimas épocas – apenas três vitórias em 24 partidas nestes últimos sete anos (todas em Ovar) –, os visitantes foram superioresnoarranquedodérbi regional (12-21), sob a alçada de Isaiah Johnson, enquanto a Oliveirense começou com dados preocupantes (apenas dois lançamentos de campo no primeiro quarto e oito turnovers). A recuperação deu-se por intermédio de Max Kouguere (27-28), mas os triplos de Cristóvão Cordeiro e Antonio Woods voltaram a distanciar os dois conjuntos ao intervalo (27-34).
Numa partida em que, muitas vezes, as emoções falaram mais alto, o “score” continuou baixo na segunda parte e, só à entrada dos derradeiros dez minutos, a Oliveirense tentou abrir o livro, com um parcial de 8-0 (48-42). No entanto, a Ovarense respondeu praticamente na mesma medida (4849)eassucessivasalternâncias só se desfizeram com a ação inglória de Carter, que estava a ser o melhor dos anfitriões. Peel só teve de aproveitar.