O Jogo

Um braço direito difícil de amputar

- Jorge.maia@ojogo.pt

A apresentaç­ão dos resultados do empréstimo obrigacion­ista do Benfica terá sido o último ato de Domingos Soares de Oliveira na Luz. A menos que o que era verdade em março seja mentira agora...

Não deixou de ser curioso ver Domingos Soares de Oliveira apresentar os resultados do empréstimo obrigacion­ista lançado pela SAD do Benfica. Desde logo porque o prazo do empréstimo é de três anos e o de Domingos Soares de OIiveira enquanto administra­dor da SAD é de algumas semanas. Pelo menos era. A ter como certa a informação saída a reunião dos órgãos sociais do Benfica do início de março, onde Rui Costa foi finalmente convencido a afastar o CO-CEO na sequência da acusação de que este foi alvo no processo Saco Azul, Soares de Oliveira sairia no final da época. Uma informação que nunca foi desmentida, sublinhe-se. Claro que todos sabemos como, no futebol, o que em março era verdade, em maio pode ser mentira. Aliás, quase todo o discurso do administra­dor na Euronext foi pronunciad­o no futuro, onde supostamen­te não estará, e no plural majestátic­o, com o “nós” a incluir a restante administra­ção da SAD presente na plateia e onde, supõe-se, estariam alguns dos que ameaçaram bater com a porta se Rui Costa não a fechasse a Soares de Oliveira. Seja como for, o facto de ter sido o administra­dor a prazo a apresentar os excelentes resultados do empréstimo obrigacion­ista que ele próprio desenhou diz alguma coisa sobre o peso que ainda tem no clube. E mais ainda sobre o desafio que será para Rui Costa - usando uma analogia futebolíst­ica - substituí-lo sem perdas de rendimento. É que olha-se para o banco onde se senta o resto da administra­ção e percebe-se que, muito provavelme­nte, vai ser preciso ir ao mercado.

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