O Jogo

AG prolongou-se pela madrugada

Os aumentos propostos para as remuneraçõ­es fixas da SAD foram aprovados mas vários dos acionistas manifestar­am-se contra

- ANTÓNIO PIRES

Bernardo Ayala, presidente da Mesa da Assembleia Geral da Sporting SAD, revelou que houve “um debate vivo” e reconheceu que as críticas ao “timing” desta votação foram recorrente­s.

Prolongou-se até ao início da madrugada de ontem a Assembleia Geral da SAD leonina que se iniciou às 18h00, no Auditório Artur Agostinho, muito por culpa das questões e críticas levantadas por alguns acionistas ao único ponto na ordem dos trabalhos: apreciar e aprovar as alterações na remuneraçã­o fixa a introduzir na Política de Remuneraçõ­es dos titulares dos órgãos sociais da Sociedade para vigorarem a partir de 2023/24. A proposta, refira-se, mereceu a aprovação de 86,327% dos acionistas, o que correspond­e a um pouco mais do que a posição maioritári­a do clube no capital da SAD.

Frederico Varandas poderá ser aumentado de 182 mil para 240 mil euros anuais e no caso dos administra­dores executivos, Francisco Salgado Zenha e André Bernardo, poderão vir a receber 190 mil euros em vez dos 131 mil do presente. essa atualizaçã­o será dos 131 mil euros para os 190 mil euros. Salgado Zenha esclareceu que os aumentos previstos não são automático­s mas apenas fica definido um novo limite máximo que poderá, ou não, ser exercido pelos três elementos executivos do Conselho de Administra­ção. Contudo, questionad­o Afonso Pinto Coelho, acionista e subscritor do “Movimento Hoje e Sempre Sporting” que defende a discussão dos salários em AG do clube, não esclareceu qual será a decisão. Após a reunião magna, Bernardo Ayala, presidente da Mesa da Assembleia Geral da Sporting Clube de Portugal Futebol, SAD, falou aos jornalista­s e depois de anunciar a aprovação da proposta, garantiu que o encontro, apesar de marcado por algumas críticas, decorreu normalment­e. “Não houve qualquer tipo de problema. O que houve, sim, foi um debate vivo. Estiveram presentes nasala vários accionista­sque não apoiavam a proposta apresentad­a e fizeram ouvir a sua opinião com total liberdade, como sempre acontece. Não considero isso um problema, mas sim democracia. A proposta não foi consensual e isso gerou um debate muito aberto em que cada pessoa expôs o seu ponto de vista e foi ouvida sem limite de tempo”, esclareceu.

O líder da Mesa da AG contou que “a crítica ao timing” da apresentaç­ão desta proposta “foi, talvez, a mais recorrente”, mas explicou por que, no seu entender, considera que “o timing é aceitável”. “Nesta Assembleia Geral Extraordi

nária mexeu-se apenas na remuneraçã­o fixa, não na remuneraçã­o variável. Essa depende do cumpriment­o de objectivos desportivo­s e financeiro­s e não se mexeu”, afirmou, justifican­do que a proposta que “foi apresentad­a por uma Comissão de Accionista­s e foi baseada em quatro factores distintos: competitiv­idade externa, equidade interna,

exposição e risco inerentes e, por fim, acumulação de pelouros” e tendo por base um estudo de uma empresa exterma que, acrescento­u: “faz uma análise às remuneraçõ­es em várias outras Sociedades Anónimas Desportiva­s” e chegaà conclusão que asa tu ais remuneraçõ­es se encontrava­m abaixo da mediada do mercado.

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Bernardo Ayala deu esclarecim­entos no final

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