AG prolongou-se pela madrugada
Os aumentos propostos para as remunerações fixas da SAD foram aprovados mas vários dos acionistas manifestaram-se contra
Bernardo Ayala, presidente da Mesa da Assembleia Geral da Sporting SAD, revelou que houve “um debate vivo” e reconheceu que as críticas ao “timing” desta votação foram recorrentes.
Prolongou-se até ao início da madrugada de ontem a Assembleia Geral da SAD leonina que se iniciou às 18h00, no Auditório Artur Agostinho, muito por culpa das questões e críticas levantadas por alguns acionistas ao único ponto na ordem dos trabalhos: apreciar e aprovar as alterações na remuneração fixa a introduzir na Política de Remunerações dos titulares dos órgãos sociais da Sociedade para vigorarem a partir de 2023/24. A proposta, refira-se, mereceu a aprovação de 86,327% dos acionistas, o que corresponde a um pouco mais do que a posição maioritária do clube no capital da SAD.
Frederico Varandas poderá ser aumentado de 182 mil para 240 mil euros anuais e no caso dos administradores executivos, Francisco Salgado Zenha e André Bernardo, poderão vir a receber 190 mil euros em vez dos 131 mil do presente. essa atualização será dos 131 mil euros para os 190 mil euros. Salgado Zenha esclareceu que os aumentos previstos não são automáticos mas apenas fica definido um novo limite máximo que poderá, ou não, ser exercido pelos três elementos executivos do Conselho de Administração. Contudo, questionado Afonso Pinto Coelho, acionista e subscritor do “Movimento Hoje e Sempre Sporting” que defende a discussão dos salários em AG do clube, não esclareceu qual será a decisão. Após a reunião magna, Bernardo Ayala, presidente da Mesa da Assembleia Geral da Sporting Clube de Portugal Futebol, SAD, falou aos jornalistas e depois de anunciar a aprovação da proposta, garantiu que o encontro, apesar de marcado por algumas críticas, decorreu normalmente. “Não houve qualquer tipo de problema. O que houve, sim, foi um debate vivo. Estiveram presentes nasala vários accionistasque não apoiavam a proposta apresentada e fizeram ouvir a sua opinião com total liberdade, como sempre acontece. Não considero isso um problema, mas sim democracia. A proposta não foi consensual e isso gerou um debate muito aberto em que cada pessoa expôs o seu ponto de vista e foi ouvida sem limite de tempo”, esclareceu.
O líder da Mesa da AG contou que “a crítica ao timing” da apresentação desta proposta “foi, talvez, a mais recorrente”, mas explicou por que, no seu entender, considera que “o timing é aceitável”. “Nesta Assembleia Geral Extraordi
nária mexeu-se apenas na remuneração fixa, não na remuneração variável. Essa depende do cumprimento de objectivos desportivos e financeiros e não se mexeu”, afirmou, justificando que a proposta que “foi apresentada por uma Comissão de Accionistas e foi baseada em quatro factores distintos: competitividade externa, equidade interna,
exposição e risco inerentes e, por fim, acumulação de pelouros” e tendo por base um estudo de uma empresa exterma que, acrescentou: “faz uma análise às remunerações em várias outras Sociedades Anónimas Desportivas” e chegaà conclusão que asa tu ais remunerações se encontravam abaixo da mediada do mercado.