HÁ 12 ANOS, A GLÓRIA CHEGOU SEM PALESTRA
A 18 de maio de 2011, o FC Porto conquistou a Liga Europa e Rolando, titular na final de Dublin, recorda em O JOGO a abordagem diferente de Villas-Boas: “A malta saiu em lágrimas...” Um cabeceamento certeiro de Falcao, aos 44 minutos, decidiu a final com
Há 12 anos, no dia 18 de maio de 2011, FC Porto e Braga disputaram, em Dublin, a única final europeia cem por cento portuguesa. Após cruzamento teleguiado de Guarín, um cabeceamento certeiro de Falcao, aos 44 minutos, decidiu a partida e soltou a festa azul e branca. Um dos jogadores que levantou o troféu da Liga Europa na capital irlandesa foi Rolando, que recorda com especial detalhe a mudança de estratégia do treinador, André Villas-Boas, antes do pontapé de saída. “Tínhamos sempre a última reunião, em que o míster falava connosco. Só que, nesse dia, ele simplesmentenãofalou.Mesmo antes de irmos para o estádio, mostrou-nos um vídeo com imagens das nossas famílias. Quando saímos de lá, a maior parte da malta estava em lágrimas”, lembra, a O JOGO, o antigo central.
“Um momento especial para o futebol português” e “um dos pontos mais altos” dos
quatro anos e meio que Rolando passou no FC Porto. “É um título que não é normal conquistar, ainda mais num clube português. E teve esse fator extra de ser uma final disputada por duas equipas do mesmo país”, explica o ex-internacional português, que, anos mais tarde, chegaria ao Braga.
Antes da final, a sensação que reinava entre os portistas era de confiança: “Quando chegámos ao estádio, já tínhamos a convicção de que íamos sair de lá com a taça.” No entanto, a equipa não escapou a um susto.
Mossoró roubou a bola a Fernando e isolou-se, mas Helton salvou. “Claro que tive aquele receio inicial, mas sabia que, quando falhássemos, o Helton ia estar lá. Era esse o nível de confiança que tínhamos nele. Nesse ano, e nesse momento em particular, tivemos a certeza de que seríamos nós a vencer”, conclui Rolando a propósito de uma época que ainda juntou Supertaça, I Liga e Taça de Portugal. Volvidos 12 anos, mantém-se como a última conquista europeia de um clube português.