TRAVAR GUERREIROS COM ALMA VINTAGE
Axadrezados despedem-se do Bessa com presente açucarado para os adeptos e vão exibir camisola negra inspirada num dos primeiros equipamentos vistos numa história de 120 anos
Malheiro, Abascal, Cannon e Seba Pérez foram os modelos que passearam a camisola na faustosa Casa Museu Fernando Castro. Jogo contra o Braga para prender ainda mais o olhar do adepto axadrezado.
O xadrez tem mais encanto, medido ou avaliado pela antiguidade ou pela grandeza que só a história constrói. Face a inegável magnitude dos seus pergaminhos, o Boavista decidiu partir para uma iniciativa vistosa e profundamente enraizada no seu apoio popular. Os axadrezados apresentaram, ontem, um equipamento forjado nos primórdios da sua existência, peça honrosa das primeiras lutas, indo ao encontro da melhor homenagem aos 120 anos de história que serão celebrados a 1 de agosto.
Um modelo de inspiração vintage, recuando à marca identitária do primeiro símbolo, agrafado a um manto negro distante da camisola esquisita aos quadradinhos, assim retratada por adversários italianos quando assaltados por desfeitas dos portugueses, foi trabalhado com afinco e criatividade por um alegre passeio pela nostalgia. Era a época do “Boavista
Footballers” e toda uma simbologia britânica.
Num vídeo pensado ao pormenor para dar brilho e contexto, através do puro requinte das instalações da Casa Museu Fernando Castro, integrada no Museu Soares dos Reis, as panteras foram representadas por Malheiro, Seba Pérez, Cannon e Abascal como modelos transpostos para a deslumbrante casa de um colecionador de arte portuense da primeira metade do século XX.
Exibindo o orgulho, a honra do seu passado, o estofo felino e uma profunda ligação à cidade, os jogadores do Boavista foram surpreendidos pela faustosaexuberânciadaarteenvolvente, de uma impressionante talha dourada. Perdidos num ambiente estonteante, Seba, Cannon, Abascal e Malheiro compuseram o quadro perfeito para os adeptos do Boavista com um adorno comum e inspirador para a receção ao Braga. Seba aceitou um chapéu e uma bola, ambientando um lugar nos saudosos anos 20. O equipamento apresentado terá nobre exposição na receção ao Braga, num jogo que pressupõe clima festivo por ser o derradeiro da época no Bessa. A iniciativa estende-se a 2023/24: este será um dos equipamentos alternativos.