O Jogo

“Centrais? Futuro está assegurado”

Torce de fora pela Seleção, acredita num futuro risonho e pede que todos apoiem Martínez

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Terminou a carreira com 96 internacio­nalizações. Ficou com pena de não ter atingido 100 jogos?

—A minha passagem pela seleção foi incrível. Foi muito mais do que algum dia tinha pensado para a minha vida. A Seleção sempre me ajudou em tudo e o tempo que estive lá foi sempre muito importante. Valorizei cada chamada, cada jogo e cada campeonato. Não ficou nada por fazer. Disse isso mesmo ao míster Fernando Santos. Na verdade, não podia chamar um jogador para a Seleção só para atingir um determinad­o número de jogos. Quando chega o momento, as coisas acontecem. Fico muito feliz pelos 96 jogos que fiz, por ter aprendido com tantos treinadore­s e por ter jogado com tantos jogadores que ainda hoje são meus amigos. Continuo a ser um dos 10 jogadores mais internacio­nais de todos os tempos. O que é que eu podia querer mais? Estou feliz e grato por tudo aquilo que consegui na minha carreira.

Como analisa a opção por Roberto Martínez?

—Não me cabe avaliar essa escolha. A Federação tem pessoas importante­s para tomar essas decisões e a maior das decisões que esta Direção da FPF tem tomado foram certas. Vamos deixar que o trabalho corra naturalmen­te. Na vida não podemos agradar a todos, mas acreditand­o que esta foi a melhor escolha para Portugal.

A herança é pesada?

—Portugal tem uma boa equipa, que pode atingir os objetivos. Temos atletas de ponta, dos melhores do mundo. Tudo é possível. Vamos deixar o selecionad­or trabalhar e fazer as suas escolhas e apoiá-lo. No final, fazem-se as contas e vemos se foi competente.

Falando de centrais, o futuro de Portugal está bem entregue a Rúben Dias, António Silva e Gonçalo Inácio?

—Falta o Pepe, ele continua a ser chamado. O selecionad­or conta com ele. Temos muitos e bons centrais. Ao longo dos tempos tivemos sempre grandes gerações de centrais e grandes referência­s como o Humberto Coelho, Pepe, Ricardo Carvalho, Fernando Couto, Jorge Costa, Jorge Costa, José Fonte, assim como muitos outros. E vamos continuar

“Temos atletas de ponta, dos melhores do mundo, e tudo é possível”

a ter grandes centrais. O futuro está assegurado por estes jovens que vão conseguir grandes conquistas.

Sente que a transferên­cia de David Carmo para o FC Porto foi um travão na evolução dele?

—Todos vão ter o seu momento. Lembro que o meu início como titular do FC Porto não foi logo à primeira, também demorou e foi uma trajetória difícil. Quando fui chamado à Seleção também não comecei logo a jogar. Com esta idade o jogador tem de jogar e de fazer as escolhas certas. Não acho que a transferên­cia para o FC Porto seja um travão na evolução dele, porque é um jogador que tem qualidade e com um perfil bom para defesa-central. Ainda não chegou o momento dele, mas com trabalho e dedicação vai triunfar.

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