“NUNCA ENTREGARÁ O TÍTULO SEM LUTAR”
Treinador puxa da combalhota na campeonato de 2012/13 para vincar o espírito combativo do FC Porto e considera que o clube “vai acreditar até ao fim”
Espinhense sustenta que “no futebol nada é dado como garantido” e que o campeonato ainda “pode dar para todo o lado”. Clima de tensão das últimas jornadas, diz, só é entendido por quem já o viveu.
Cumprem-se precisamente hoje dez anos desde que o FC Porto confirmou a conquista do título de 2012/13, depois de uma das mais épicas reviravoltas no campeonato do passado recente, quando à partida para a penúltima jornada se encontrava atrás do Benfica. Um exemplo que alimenta a esperança da equipa de Sérgio Conceição em ainda ultrapassar os encarnados esta temporada e que serve para Vítor Pereira, o treinador de então, certificar o espírito combativo dos azuis e brancos. “No futebol nada é dado como adquirido. Já estive do outro lado e conseguimos dar a volta”, lembrou, ontem, o técnico espinhense, garantindo que o clube pelo qual foi bicampeão “nunca vai entregar um campeonato sem lutar até ao fim”. “É o ADN do FC Porto”, sublinhou, à margem do 2Build, um evento em Cascais organizado por uma empresa de consultadoria. “É o espírito do clube, dos adeptos e é o que se vai passando de uns jogadores para os outros, de ano para ano. Acredito que o Benfica também saiba disso perfeitamente. Vai ser mesmo até ao fim e o FC Porto vai acreditar até ao fim”, prevê.
Depois de ter visto “o campeonato animar um bocadinho em determinada altura”, Vítor Pereira considera que chega ao fim com tudo em
“No futebol nada é dado como adquirido. Já estive do outro lado e conseguimos dar a volta” Vítor Pereira Ex-treinador do FC Porto
aberto. “Pode dar para todo o lado. Provavelmente será o Benfica [o campeão], mas com boa réplica do FC Porto, do Braga e do Sporting”, comentou o treinador de 54 anos, mostrando compreensão com o clima mais tenso das últimas rondas. “Uns treinadores reagem de uma forma, outros de outra, mas todos sofrem esse tipo de pressão”, sustentou. “Vivi duas épocas no FC Porto em que foi ao pormenor, até à última jornada com o Benfica. Isso é um desgaste e um foco de tensão extra, permanente, debaixo de um stress enorme. Só quem lá está é que consegue perceber determinado tipo de reações”, defendeu.