O Jogo

BANZA PROCURA LUZ ONDE DEIXOU MARCA

BRAGA Mais escondido do onze, sabe como quebrar o Boavista na sua fortaleza, missão espinhosa em tempos recentes para os guerreiros

- PEDRO CADIMA

Francês esteve em grande numa exibição de gala do Famalicão no Bessa, bisando num 2-5, e aspira voltar a ser titular e protagonis­ta do Braga antes do final da época. Haverá jogo ideal?

O Braga tem provado alguns dissabores no Bessa, mas Banza pode ser um elemento capaz de mudar a sina, até por se tratar de um dos maiores investimen­tos da temporada, num custo de três milhões. Vincou créditos no arranque de época, é ainda segundo artilheiro da equipa e deseja, mais que tudo, sair da sombra a que tem estado votado durante largo período da segunda volta, como se atesta, por exemplo, olhando ao seu recurso, unicamente a partir do banco, nas últimas dez jornadas da Liga. Titular pela última vez na prova na derrota em Guimarães, de lá para cá foi suplente utilizado em nove jogos e apenas ficou riscado da ação uma vez. Mas, tem sido chamado, por norma, no último quarto de hora dos jogos e nunca encontrou terreno fértil para expandir a sua fome de golos, exceção a um remate certeiro frente ao Rio Ave.

Banza, de 26 anos, vê mais distante a marca dos 17 golos da época de estreia em Portugal pelo Famalicão, somando 13 golos em 45 jogos: titular em 24 deles, viu essa condição decair estrondosa­mente nos últimos três meses.

Com Artur Jorge adepto da mobilidade ofensiva entre Ricardo Horta, Iuri Medeiros, Abel Ruiz e Bruma, Banza aparece como aparente vítima do fulgor do luso-guineense recrutado em janeiro, que retirou margem no onze a um avançado mais fixo, mesmo quando a saída de Vitinha sugeria outra fita. Com contrato até 2027 e cláusula de rescisão cifrada nos 40 milhões, Banza anda inquieto e reflexivo sobre o futuro, luta por um espaço para voltar a brilhar e o apetite talvez fique aguçado com esta visita ao Bessa, palco onde foi mortífero na temporada passada, bisando num triunfo do Famalicão, por 5-2. Senhor de um apurado sentido de oportunida­de, Simon Banza tem essa receita predadora no cartaz, faltará saber se Artur Jorge pretenderá surpreende­r o Boavista com um arma menos comum nos últimos tempos, embora haja um quarteto muito bem ensaiado na pista da Champions e do Jamor.

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