O Jogo

Lenda vezes seis

- Jorge Maia jorge.maia@ojogo.pt

José Mourinho continua a desmentir as notícias que o davam como ultrapassa­do e está na sexta final europeia da carreira, a segunda consecutiv­a. Especial, sim senhor.

1 Quando faltam apenas quatro dias de se cumprirem 20 anos sobre a Taça UEFA conquistad­a por José Mourinho ao serviço do FC Porto em Sevilha, o treinador português carimbou a passagem para a sexta final europeia da carreira. Um ano depois da conquista da primeira edição da Conference League, a Roma vai discutir o segundo troféu continenta­l da sua história, o que também convida ao paralelo com o que Mourinho fez no Dragão quando, em duas épocas consecutiv­as, venceu a Taça UEFA e depois a Liga dos Campeões. É verdade que agora o patamar é mais baixo, mas o sentido do percurso continua a ser ascensiona­l, provando não só que as notícias que o davam como ultrapassa­do eram francament­e exageradas, mas também que a escassez de recursos não lhe limita a ambição. É verdade que, em Budapeste, vai ter pela frente o Sevilha, que já venceu a Liga Europa seis vezes. Por outro lado, Mourinho nunca perdeu uma final e, nem de propósito, Sevilha só lhe traz boas recordaçõe­s.

2 É impossível olhar com naturalida­de para a instauraçã­o de processos disciplina­res à equipa de arbitragem e aos delegados que estiveram no FC Porto-Casa Pia por não constarem dos relatórios oficiais factos ocorridos durante o jogo. Até se percebe que o árbitro, Manuel Oliveira, não se tenha apercebido da troca de palavras e gestos entre Vasco Matos e Sérgio Conceição, porque a mesma ocorreu enquanto decorria o jogo e a atenção do juiz estaria voltada para as incidência­s no relvado. Mas o quarto árbitro, que até teve intervençã­o direta no “conflito” entre os dois bancos, não pode alegar o mesmo. Como não podem alegar o mesmo os delegados. Pelo que será curioso perceber o que de facto alegam em sede de processo disciplina­r, sendo que muito provavelme­nte só depois de terminada a temporada se chegará às respostas. Para já, sobra espaço para a especulaçã­o. Era mesmo o que fazia falta.

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