GOMES AFASTA O “FUMO”
Administrador financeiro do FC Porto explica razão do lançamento de novo empréstimo obrigacionista e garante que as buscas da Operação Penálti têm muito pouco que ver com a SAD
Possibilidade de o empréstimo ser prolongado “até aos 50 M€” não está descartada “se a procura for muito grande”. Um reforço importante para a SAD fazer face às despesas do início de época.
Ruído e fumo: foram estas ●●● as expressões utilizadas por Fernando Gomes para se referir às buscas efetuadas no FC Porto esta semana pela Autoridade Tributária (AT) no âmbito da Operação Penálti, que envolve ainda Benfica, Sporting, empresários de futebol e jogadores. O administrador da SAD garantiu mesmo, em declarações ao Porto Canal, que o processo “tem muito pouco que ver” com os portistas. “Tem muito fundamentalmente que ver com questões entre agentes e jogadores que terão, segundo a AT, não cumprido com as suas declarações no IRS e procedido a alguma fuga. Vieram ao FC Porto porque é lá que estão os contratos. Foram pedir cópias para fazer a verificação”, justificou o o homem responsável pelas contas dos azuis e brancos, assegurando que a ligação do clube é “uma coisa liminar e residual”. “O FC Porto liquida IVA e, quando tem excessos, exige a devolução por parte das Finanças. Durante um tempo ficou encravado uma devolução que não nos fizeram no valor de três milhões de euros e estávamos intrigados. Eram referentes a algumas situações entre agentes, jogadores e o FC Porto, em que eles consideravam que o IVA não foi corretamente liquidado. Mas vão verificar que o FC Porto não faz coisas que não sejam rigorosíssima e estritamente legais. Fumo. Não passa disso em relação ao FC Porto”, frisou.
Fernando Gomes explicou ainda o lançamento do mais recente empréstimo obrigacionista, que ajudará “o FC Porto a suportar os seus problemas financeiros durante toda a época, uma vez que a transação de jogadores é indispensável para o equilíbrio financeiro e económico da SAD, mas só acontece com mais peso na janela do verão”. “É expectável que metade deste
valor de 40 M€ possa ser para substituir as obrigações que vencem em novembro. O que fizermos em termos financeiros pagará o resto do empréstimo. Este que agora se faz a 6,25% será para pagar integralmente o que vence em novembro de 2023”, justificou o administrador, vincando que os “investidores podem estar seguros”. Aliás, não está descartada a possibilidade de o
empréstimo “prolongar até aos 50 M€ se a procura for muito grande”. “Seria um reforço adicional de tesouraria para o início da época. Como sabemos, temos bem, bem, bem que despender de meios financeiros. É muito importante para a saúde financeira, para não ter um esforço adicional para pagar o empréstimo que vence em novembro”, rematou.
“Operação Penálti? Fumo. Não passa disso em relação ao FC Porto” Fernando Gomes Administrador do FC Porto