Alemães acusam José Mourinho
Principal crítica do Bayer Leverkusen prende-se com as paragens, alegadamente forçadas
A Roma afastou o Bayer Leverkusen da final da Liga Europa, mas a equipa alemã teve dificuldades em aceitar a derrota e apresentou um rol de críticas que mais parecia uma lista de reclamações: em primeiro lugar, os germânicos atacaram o estilo defensivo do adversário; em segundo, acusaram-no de desonestidade nas paragens de jogo. “No último Mundial, os jogos tinham 10 minutos de compensações, mas hoje em dia temos que dar 20 ou mais. Caso contrário, o árbitro pode ser enganado”, comentou o diretor desportivo Simon Rolfes.
No entender deste, os italianos “tentaram constantemente quebrar o ritmo do jogo e o ambiente do estádio”, com “jogadores no chão sempre que o Leverkusen ameaçava perigo”. “Após cada remate, havia italianos magoados prontos para sair de maca”, acrescentou, explicando que os adeptos alemães vão desejar “que a final corra bem ao Sevilha”. “É uma pena que este caminho tenha levado ao sucesso”, concluiu.
Nadiem Amiri, médio do Bayer, foi ainda mais corrosivo. “Não merecíamos ser eliminados por uma equipa que nada tem a ver com futebol. Como é possível? É de loucos que uma equipa assim esteja na final ”, afirmou, confluindo com a ideia de Demirbay, seu companheiro de equipa: “Eles fizeram com que a parte final do jogo fosse muito feia.”
Em Itália, o ex-jogador Antonio Cassano, grande crítico de Mou, também não gostou do que viu. “Não é possível gostar disto. Passam o jogo em lutas, mandam-se para o chão e não criam meia ocasião de golo. O único meio-remate da Roma foi aos 90’+8’”, disse.