O Jogo

ATROPELO NO ADRO

Benfica inicia procissão rumo à final do play-off do campeonato com triunfo robusto sobre o campeão nacional e europeu

- MANUEL PÉREZ

Nuno Resende tinha pedido ●●● que os seus “jogadores estivessem tranquilos, inspirados, num jogo coletivo, potenciand­o as caracterís­ticas individuai­s”. Ora foi precisamen­te isso que recebeu de uma equipa que acabou por dar uma bofetada de mão cheia a um adversário que vinha sendo a sua “besta negra” esta temporada. No rescaldo de uma das melhores exibições do ano, o treinador mostrava-se recompensa­do: “A equipa sentiu que era o nosso dia”. E que dia!

Logo aos 3’, e na sequência de um início de jogo em alto ritmo, surgiu o 1-0 através de Nil Roca, aproveitan­do uma bola perdida nas redondezas da área portista. Durante um quarto de hora, coube a Pedro Henriques e Xavi Malián anularem as investidas às respetivas balizas, com mais trabalho para o guardião local, elogiado no final pelo treinador: “Fez uma exibição que nos segurou nos pequenos pormenores”.

O empate chegou a pairar sobre a melhor casa da época e um irrequieto presidente Rui Costa, mas aos 19’ o contraataq­ue demolidor, finalizado por Lucas Ordoñez, acabou com as dúvidas. Em cima do intervalo, nova desconcent­ração do último reduto visitante e Roberto Di Benedetto não perdoou: 3-0.

Reentrou determinad­o o conjunto de Ricardo Ares, obrigado a proteger melhor as costas para lograr, pelo menos, o primeiro golo, mas Pedro Henriques transpirav­a a inspiração pedida pelo timoneiro e, depois de defender um penálti de Gonçalo Alves, aos 40’, ficou patente que pouca coisa mudaria. A pressão começou a tornar mais carregados os tons azuis e brancos; Malián evitou maiores estragos, Carlos Nicolía não acertou um livre direto no alvo e, aos 45’, Roca aproveitou­umaavenida­abertapor algum desnorte contrário, aumentando para 4-0. A dois minutos

do apito final, pertenceu à dupla argentina Lucas Ordoñez e Pablo Álvarez provocar o delírio nas bancadas e selar um jogo em que o vencedor da fase regular aplicou um grande corretivo ao detentor do título e recente campeão europeu.

Na próxima quarta-feira, no DragãoAren­a, joga-se a segunda partida de uma eliminatór­ia à melhor de cinco e terá sido nesse desafio que Ricardo Ares se focou durante dois minutos, na conversa com os jogadores, enquanto os do Benfica davam a volta olímpica à pista. Não houve declaraçõe­s do lado portista.

“Marcar primeiro foi importante e deu-nos alguma serenidade”

Nuno Resende Treinador do Benfica

“Nos outros jogos frente ao FC Porto nunca tivemos a pontinha de sorte” Nil Roca Defesa-médio do Benfica

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