ATROPELO NO ADRO
Benfica inicia procissão rumo à final do play-off do campeonato com triunfo robusto sobre o campeão nacional e europeu
Nuno Resende tinha pedido ●●● que os seus “jogadores estivessem tranquilos, inspirados, num jogo coletivo, potenciando as características individuais”. Ora foi precisamente isso que recebeu de uma equipa que acabou por dar uma bofetada de mão cheia a um adversário que vinha sendo a sua “besta negra” esta temporada. No rescaldo de uma das melhores exibições do ano, o treinador mostrava-se recompensado: “A equipa sentiu que era o nosso dia”. E que dia!
Logo aos 3’, e na sequência de um início de jogo em alto ritmo, surgiu o 1-0 através de Nil Roca, aproveitando uma bola perdida nas redondezas da área portista. Durante um quarto de hora, coube a Pedro Henriques e Xavi Malián anularem as investidas às respetivas balizas, com mais trabalho para o guardião local, elogiado no final pelo treinador: “Fez uma exibição que nos segurou nos pequenos pormenores”.
O empate chegou a pairar sobre a melhor casa da época e um irrequieto presidente Rui Costa, mas aos 19’ o contraataque demolidor, finalizado por Lucas Ordoñez, acabou com as dúvidas. Em cima do intervalo, nova desconcentração do último reduto visitante e Roberto Di Benedetto não perdoou: 3-0.
Reentrou determinado o conjunto de Ricardo Ares, obrigado a proteger melhor as costas para lograr, pelo menos, o primeiro golo, mas Pedro Henriques transpirava a inspiração pedida pelo timoneiro e, depois de defender um penálti de Gonçalo Alves, aos 40’, ficou patente que pouca coisa mudaria. A pressão começou a tornar mais carregados os tons azuis e brancos; Malián evitou maiores estragos, Carlos Nicolía não acertou um livre direto no alvo e, aos 45’, Roca aproveitouumaavenidaabertapor algum desnorte contrário, aumentando para 4-0. A dois minutos
do apito final, pertenceu à dupla argentina Lucas Ordoñez e Pablo Álvarez provocar o delírio nas bancadas e selar um jogo em que o vencedor da fase regular aplicou um grande corretivo ao detentor do título e recente campeão europeu.
Na próxima quarta-feira, no DragãoArena, joga-se a segunda partida de uma eliminatória à melhor de cinco e terá sido nesse desafio que Ricardo Ares se focou durante dois minutos, na conversa com os jogadores, enquanto os do Benfica davam a volta olímpica à pista. Não houve declarações do lado portista.
“Marcar primeiro foi importante e deu-nos alguma serenidade”
Nuno Resende Treinador do Benfica
“Nos outros jogos frente ao FC Porto nunca tivemos a pontinha de sorte” Nil Roca Defesa-médio do Benfica