O Jogo

A incompetên­cia não merece desculpa

- Vítor Santos vitor.santos@ojogo.pt

A águia sobreviveu ao trauma psicológic­o e saiu de Alvalade por cima. Mas tremeu muito, talvez devido aos equívocos de Schmidt, que são admissívei­s e discutívei­s. O mesmo não se aplica ao erro do VAR.

OBenfica tremeu como varas verdes em Alvalade, falhando o primeiro match-point na corrida pelo título, que, por tudo o que o FC Porto fez, merece bem ser decidido na última jornada da Liga. Os primeiros estão agora separados por dois pontos, mas pela primeira vez em muitas rondas o alinhament­o é favorável às águias, uma vez que os dragões recebem o Vitória de Guimarães e o líder o Santa Clara, último classifica­do e já despromovi­do.

A batalha de Alvalade teve de tudo. Até o que dispensáva­mos bem. Mais um erro de arbitragem com influência direta no desfecho do encontro. João Pinheiro e o auxiliar dificilmen­te poderiam ter visto. Já quem está sentado numa sala com os monitores à frente não merece desculpa. A incompetên­cia não pode continuar a transforma­r um instrument­o tão válido como o VAR num catalisado­r de polémica, quando o objetivo da sua introdução foi precisamen­te o oposto.

Contas feitas, a probabilid­ade de o Benfica ser campeão é muito grande. Também seria se tivesse perdido, como parecia destinado a acontecer, depois daquela primeira parte arrasadora do Sporting. Bastou a Schmidt devolver o melhor médio do plantel pósEnzo – Aursnes, esse tapa-buracos que o alemão transforma em cratera na direita da defesa – ao meio-campo para as águias dominarem toda a segunda metade, empurrando o jogo e o adversário para a outra área. Este foi também o dia em que o técnico do Benfica lá admitiu que ter os fantasmas João Mário e Gonçalo Ramos em campo não é obrigatóri­o. Ou se calhar é, o alemão lá saberá porquê.

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