O Jogo

“DISSE QUE COLOCAVA O LUGAR À DISPOSIÇÃO”

Técnico assumiu a responsabi­lidade perante a Direção, mas garantiu sentir apoio para continuar depois de uma época em que faltou capacidade para lutar pelo campeonato

- MIGUEL NUNES AZEVEDO

Treinador frisou que a equipa jogará para vencer apesar de ter o futuro decidido. O objetivo passa por continuar a preparar a próxima época, para a qual a margem de erro será muito reduzida.

Na última conferênci­a de antevisão da época, Rúben Amorim revelou que o seu destino está nas mãos da direção do Sporting, depois de terem sido falhados os objetivos mínimos da temporada.

O que ainda há a dizer aos sportingui­stas?

—O campeonato ainda não acabou e temos de vencer o nosso jogo. Estamos numa série sem perder há muito tempo e devíamos ter ganho ao Benfica, mas não ganhámos. Temos coisas para trabalhar. Dário Essugo vai ser titular e há certas nuances que vamos tentar melhorar. O Vizela joga de forma parecida ao Benfica, a pressionar em 4-4-2 com o Samu a juntar-se ao avançado. Trabalhámo­s isso porque queremos aproveitar cada minuto para melhorar a equipa numa época de objetivos falhados mas em que crescemos. Os jogadores viram que é difícil jogar no Sporting.

Quem merece ser campeão?

—Quem for campeão. Quem não mereceu foi o Sporting. Benfica, Braga e FC Porto fizeram por isso e nós tentámos, mas não conseguimo­s. Não foi falta de esforço, foi falta de capacidade de sermos competitiv­os.

Disse que a margem de erro na próxima época será reduzida. Se o arranque for semelhante à atual, acha que continuará no cargo?

—Estive com o presidente e com o Hugo Viana e disse que colocava o lugar à disposição devido à falha dos objetivos. Foi logo muito claro no início da reunião. Talvez seja a única maneira de sair do Sporting,porquequan­doestátudo

bem eu nunca quero sair. Sinto o apoio de toda a gente e tenho uma confiança enorme no nosso trabalho. Já vejo futebol há algum tempo e sei como são as coisas. Sei o que vem aí para a próxima época.

Tem um sentimento de arrependim­ento em relação a algo? Algo que tenha sido crucial para o desfecho do Sporting esta época?

—Foi um conjunto de coisas. A forma como o defeso acabou foi um grande erro e causou bastante dano na equipa e na relação entre todos. Depois, demorámos a acertar a harmonia e isso sente-se. Em certos momentos não tivemos sorte. Quando fomos campeões disseram que tivemos sorte, mas este ano em certos jogos não tivemos. Fomos inconsiste­ntes. Não houve uma razão, mas sim um conjunto de razões que nos levaram a esta situação. Arrependim­entos? Arrependom­e várias vezes. Depois da saída do Matheus Nunes demorei muito tempo a centrarme no essencial e andei umas semanas frustrado. Esse é o maior arrependim­ento.

O segundo golo do Benfica no dérbi gerou polémica. Qual a sua opinião sobre o lance?

—Não fui ver o lance. Disseram-me que foi falta, mas isso pode acontecer para um lado ou para o outro. É esquecer. O que me pareceu é que, tirando a arbitragem, com duas ou três situações podíamos ter tido muito mais bola. Eram coisas básicas. Fico mais preocupado com a situação de não termos tido tanta posse. O meu foco na observação foi esse e não se o golo era regular ou não. Já não o podemos mudar e, como não estamos a lutar pelo titulo, é-me completame­nte indiferent­e.

“Campeão? Quem não mereceu ser campeão foi o Sporting. Benfica, FC Porto e Braga fizeram por isso”

“Golo no dérbi? Já não o podemos mudar e como não estamos a lutar pelo titulo é-me indiferent­e”

Rúben Amorim Treinador do Sporting Análise: Amorim diz que faltou ao Sporting uma ponta de sorte esta temporada

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Amorim diz que o Vizela joga de forma “muito parecida com o Benfica”

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