“O nono lugar sabe-nos a pouco”
Cláudia Lima, médio de 26 anos, admite que, apesar de cumprido o objetivo principal, o grupo podia fazer muito mais António Martins Silva
“Aprendi muito esta época e amadureci, dentro e fora do relvado, o que fez com que tudo saísse de uma forma muito natural”
minha casa. A minha mãe sempre me permitiu jogar futebol, então, esperei que abrisse uma equipa de futebol feminino perto de casa.
Que conselho daria a uma menina que estivesse a iniciar a carreira no futebol?
—Aproveitem para aprender e usufruir dos próprios talentos. Treinem como se já fossem viver da modalidade e joguem como proŶssionais. Aproveitar tudo o que o futebol vos dá, desde colegas e treinadores, sentimentos e oportunidades. Trabalhem e lutem, sem medo.
Qual é a sua maior referência no futebol?
—O Robert Lewandowski é o meu ídolo. É um jogador incrível, que sabe posicionar-se e aproveitar as oportunidades. Tem faro de golo e é um atleta fantástico.
Um empate caseiro na última jornada da Liga BPI, diante do Damaiense, permitiu ao Valadares festejar a permanência na Liga BPI, algo muito desejado pelo grupo gaiense.
Valadares e Damaiense empataram sem golos, em jogo da última jornada da Liga BPI. As gaienses estavam pressionadas pelo Marítimo, que, em caso de vitória, poderia atirar o Valadares para o play-oż de despromoção, o que não chegou a acontecer. “Sabíamos que dependíamos só de nós e que um ponto nos garantia a permanência. Tínhamos um plano bem delineado que consistia na coesão defensiva, evitando, assim, riscos para a nossa baliza”, resume Cláudia Lima, capitã do Valadares, aŶrmando que o grupo gaiense poderiaterfeitomaisestaépoca. “O objetivo principal era garantir a permanência na
Liga BPI. Apesar disso, saímos com a sensação de que alguns resultados não acompanharam a performance da equipa. O nono lugar sabe-nos a pouco”, atira.
A médio de 26 anos, internacional portuguesa, protagonizou mais uma boa temporada aoserviçodoValadareseguiou a equipa pelo trilho certo. Esta época, Cláudia assinou um golo e uma assistência, em 28 jogosdisputados.“Terminode consciência tranquila, porque tentei sempre dar o máximo em cada jogo. Sinto que faltaram golos, e é sem dúvida um ponto a melhorar para a próxima época”, admite a capitã, que fala sobre os principais desafios em capitanear o grupo gaiense. “É fácil ser capitã de uma equipa que está sempre disposta a aprender e a melhorar. Sinto-me uma valadarense, por isso, é um orgulho para mim sê-lo, principalmente por o Valadares ser um grande impulsionador do feminino em Portugal”.
Idade:
O português apresenta um vasto e rico currículo, com passagens por Espanha, Noruega e China. Nas últimas duas temporadas, António orientou o Länk Vilaverdense na Liga BPI e mudou-se esta época para o emblema de Vila Nova de Gaia. Tem o saldo de sete triunfos, cinco empates e 16 derrotas.
Cláudia representa o Valadares há cinco temporadas consecutivas, somando 98 jogos e dez golos marcados pelo clube. A médio foi também internacional portuguesa em 26 ocasiões, sete das quais pela equipa principal