De Planica a Cortina, o esqui apoia Roglic
Esloveno fez carreira nos saltos antes do ciclismo e conheceu parte da 19.ª etapa na outra profissão
Primoz Roglic tem hipóteses de ganhar o Giro e juntar mais uma Grande Volta ao palmarés, recordando que conquistou três Voltas a Espanha seguidas. Terceiro em 2019, o esloveno começou a carreira nos saltos de esqui e foi campeão mundial por equipas em juniores, curiosamente em Itália. Desde 2012 completamente focado no ciclismo, tem vindo a acumular vitórias, mas os companheiros de esqui não o esquecem. Em Planica, na Eslovénia, há cartazes de apoio ao corredor da Jumbo, ainda com fotos dos tempos em que este se lançava ao vento. Foi mesmo em Planica, em 2007, que Primoz sofreu um grave acidente e que o debilitou bastante. Os antigos colegas e treinadores não esqueceram esse facto e, enquanto assistem às etapas da Volta a Itália, é possível vê-los a exaltar, com insistência, a resiliência do atleta à dor, algo que terá de manter face às debilidades de que padece desde a queda da etapa 11 deste Giro.
O final da etapa de hoje é em Tre Cime. Roglic ainda não o percorreu na Volta a Itália, mas conhece tanto o Passo Giau como Cortina D’ Ampezzo. Na cidade, Roglic foi ciclista e aprendiz nos saltos. Na Imprensa eslovena realçase o facto de Primoz ter feito vários percursos de bicicleta com a sua seleção enquanto estagiavam em Cortina para se prepararem para outras provas. Sem ser já um ponto tão relevante como foi há três décadas, Cortina ainda recebe saltos de esqui e será anfitriã dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2026. O atleta da Jumbo olhará certamente para a esquerda e avistara Tofana, o pico atingível dos Dolomitas depois de se apanharem três teleféricos. Lá, a 3244 metros, Roglic, ainda júnior, viu o melhor dos saltos, familiarizouse com as temperaturas, mudanças repentinas do tempo e do vento e até com o sol que queima mais repentinamente do que é imaginável. Quem diria que, 15 anos depois, estaria tão abaixo, a disputar a Volta a Itália…