O Jogo

DOIS GOLOS DE RAJADA

Arouca foi sempre mais prático e objetivo, teve as melhores oportunida­des e arrumou a questão em dois minutos, alcançando o desejado quinto lugar

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O Portimonen­se não teve arte para impedir o sinal mais do adversário, apesar de Paulo Sérgio ter trocado os avançados. Chegou a conseguir equilibrar as operações, mas de modo esporádico.

HÉLIO NASCIMENTO

Bastaram dois minutos ●●● para o Arouca assegurar a vitória em Portimão e “pular” para o quinto lugar, benefician­do da derrota do V. Guimarães no Dragão. Os golos de Antony e Alan Ruiz coroaram uma época

tremenda da equipa de Armando Evangelist­a, alicerçada num futebol objetivo e com jogadores sempre dispostos a superarem-se. Uma prova eloquente de que nem só de craques se constrói um onze.

Verdade se diga, Portimonen­se e Arouca encararam o último jogo do campeonato com a tranquilid­ade inerente a quem, em tempo útil, já tinha fechado as contas, muito embora os arouquense­s aspirassem a ascender ao tal quinto lugar. A Conference League estava garantida, mas a ultrapassa­gem

ao V. Guimarães significar­ia mais duas semanas para preparar a próxima época. Não estranhou, por conseguint­e, que o jogo, de início, fosse aberto e dividido quanto baste, com alguns lances bem gizados e a bola a rondar as duas balizas.

Este equilíbrio, todavia, não tardou a desfazer-se, com o Arouca a ficar por cima e Alan Ruiz e David Simão a fazerem a diferença, quer na construção quer, também, nas ameaças mais concretas. Os algarvios respondera­m por Yago, mas de modo esporádico, inclusive porque tanto ele como Welinton raramente conseguira­m criar ou dispor de lances suscetívei­s de perigo.

O Arouca entrou com tudo na segunda parte e obteve os dois golos de rajada, com Antony e Alan Ruiz letais na hora de finalizar. Mais agressiva e objetiva, a turma de Evangelist­a tomou conta do jogo por completo, não obstante as novas mexidas de Paulo Sérgio, que, porém, apenas viu a sua equipa cheirar o golo por Róchez – ele e Yony González foram os avançados lançados ao intervalo. O Portimonen­se foi sempre “curto” para aquilo que o Arouca fez em campo.

“O Arouca teve mais qualidade com bola e nós não aproveitám­os as boas saídas que tivemos. Valemos muito mais do que isto, mas a época foi de grandes preocupaçõ­es” Paulo Sérgio Treinador do Portimonen­se

“Um prémio merecido pelo que fizemos aqui e também por uma época que dignifica os jogadores e o clube. Fomos mais perigosos” Armando Evangelist­a Treinador do Arouca

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Dois golos no arranque da segunda parte, separados por dois minutos, resolveram a questão para o Arouca

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