Contrarrelógio para fechar no positivo
Sociedade portista tem três semanas para gerar as mais-valias que lhe permitam fechar o exercício de 22/23 com as contas no “verde”
Diogo Costa, Pepê, Galeno e Taremi são os principais ativos e com maior procura. Guarda-redes tem o Manchester United interessado e sendo da formação será tudo lucro. Entradas podem ter de esperar.
●●● Fernando Gomes, administrador com a pasta das finanças, foi taxativo: a SAD do FC Porto precisa de realizar mais-valias até ao final do mês através da venda de jogadores de forma a fechar o exercício em terreno positivo, mesmo com o encaixe de 55 milhões de euros do empréstimo obrigacionista e dos milhões da entrada direta na Liga dos Campeões. São, portanto, pouco mais de três semanas para vender um ou mais ativos para fugir ao incumprimento. Pinto da Costa já disse que terá de ser pelos valores das cláusulas de rescisão, porém tudo dependerá dos casos e dos jogadores a transferir. Olhando para o plantel, Diogo Costa, Pepê, Galeno e Taremi são os atletas com mais mercado, o que não quer dizer que a SAD pretenda negociar os passes de todos.
A venda de Diogo Costa é a que será mais apetecível para a sociedade, não apenas pelos valores que poderá envolver – a cláusula de rescisão é de 75 milhões de euros -, mas porque praticamente todo o dinheiro se traduzirá em mais-valias, visto que é um “fruto” da formação. O Manchester United tem sido insistentemente apontado como interessado e poderá avançar muito em breve com uma proposta.
Pepê e Galeno, um com passaporte italiano e outro com português, também têm as portas da Premier League abertas. O primeiro tem uma cláusula de 70 milhões de euros, o segundo de 50. Valores que só mesmo os tubarões poderão pagar, mas que resolveriam o problema da SAD azul e branca.
Por fim, há o caso de Taremi. Dada a idade (30 anos) e o facto de estar perto de entrar no último ano de contrato com o FC Porto, dificilmente resultará num encaixe milionário. O iraniano, refira-se, tem sido apontado ao Al Hilal, da Arábia Saudita, mas também a Sevilha e Inter de Milão.
Perante este cenário, o reforço do plantel azul e branco - sobretudo no que diz respeito a investimentos substanciais poderá ter de ser adiado para depois do dia 1 de julho, altura em que entra em vigor o novo exercício e a SAD portista pode aplicar, por exemplo, o dinheiro que vai encaixar com o apuramento para a Champions e que passa os 40 milhões de euros. Em todo o caso, este promete ser um defeso animado para os lados do Dragão.