VERÍSSIMO VAI DAR CORPO À REVOLUÇÃO
Comando do Benfica B vai mudar de mãos, com o regresso do treinador que até já orientou a equipa principal, substituindo Luís Castro. Rui Costa quer reabilitar a área da formação os bês e já Carreira: Veríssimo orientou técnico dos AA finalizou duas época
Estão previstas, pelo menos, oito saídas do plantel dos bês, que será reforçado com elementos dos sub-23 e jogadores vindos de outros clubes. Deficiente programação da época será corrigida.
A classificação da II Liga mostra que o Benfica B ficou muito próximo da descida de divisão, em 14.º lugar entre 18 concorrentes, o que evidencia ainda a temporada sofrível realizada pela segunda equipa encarnada. Depois de analisado internamente o sucedido, vai iniciar-se uma autêntica revolução no Seixal, que também poderá incluir mudanças nos escalões mais baixos, mas que será desde já corporizada pelo afastamento do treinador dos bês, Luís Castro, e o regresso ao Seixal de Nélson Veríssimo.
De facto, e tal como o JOGO já havia perspetivado, a SAD encarnada vai acertar a rescisão de contrato com Luís Castro, que tinha mais um ano de ligação, e está já há algumas semanas a negociar com Nélson Veríssimo um vínculo que será válido por três temporadas. O acordo ainda não está selado, mas poderá ver a luz do dia até final da semana e confirmar, assim, o regresso do antigo técnico dos bês – entre dezembro de 2020 e dezembro de 2021 depois de sete anos como adjunto –, que já orientou o plantel principal em dois momentos, quando substituiu Bruno Lage na ponta final de 2019/20 e Jorge Jesus antes da primeira metade de 2021/22.
Nélson Veríssimo será a face visível de uma mudança no Seixal. O presidente Rui Costa exige que a área da formação, com maior expressão na equipa B, seja reabilitada, fortalecida, para que se evite o risco, que chegou a ser real, de descida de divisão, o que acarretaria consequências negativas,
até para cativar talento. Na prática, está em marcha uma programação que visa corrigir os erros cometidos no início da temporada passada, que tiveram reflexo na campanha na II Liga, mas também no afastamento precoce da UEFA Youth League, que havia sido conquistada na época anterior sob o comando do mesmo Luís Castro que
agora está de saída do clube, mesmo tendo assegurado o objetivo traçado e que passava, precisamente, pela manutenção.
Do plantel da época passada para o atual, e olhando aos jogadores mais utilizados somando-lhe as saídas dos que superavam os 21 anos, apenas Cher Ndour repete a “titularidade”, o que demonstra a mudança operada. Para o arranque da atual, os bês perderam António Silva (promovido aos AA), Rafael Brito (emprestado), e João Neves (subiu aos principais em novembro), além de Tomás Araújo, Tiago Gouveia e Henrique Araújo, que podiam contar para Roger Schmidt e serem depois cedidos aos bês, mas que acabaram por ser emprestados. Em sentido contrário, foram contratados Ricardo Teixeira, Maestro, Feratovic e Gilson Benchimol, que não se fixaram, e os jovens promovidos revelaram inexperiência.
A entrada de Nélson Veríssimo, que preferia uma experiência no estrangeiro depois de ter sido despedido esta época do Estoril, irá coincidir com um êxodo no plantel secundário e que, nesta fase, ascenderá a oito saídas. Diogo Capitão, Cher Ndour, Martim Neto, Diego Moreira e Luís Semedo
terminam contrato e os emprestadosFeratovic,JoãoNeto e Gilson Benchimol deverão voltar ao E. Amadora, Famalicão e Estoril, respetivamente. Em sentido inverso, está prevista a promoção de alguns jovens dos sub-23 e, sobretudo, a contratação de alguns jogadores de outros clubes.