Varela não queria “tapar um miúdo”
Em entrevista ao “Hora dos Craques”, Silvestre explicou o motivo que o levou a terminar a carreira esta época, na equipa B
O “Drogba da Caparica” ainda se sentia com pernas e queria acabar de dragão ao peito, mas sem ocupar espaço aos mais novos. Clube encantou-o em criança e há três momentos inesquecíveis.
“Fisicamente, estava bem, mas não queria estar a ocupar a vaga dos miúdos que pudessem crescer”
Terminada a carreira e ●●● homenageado no Dragão, Silvestre Varela foi o convidado de Maniche no “Hora dos Craques”. Das memórias mais antigas às mais recentes, o ex-jogador, 38 anos, explicou a decisão que tomou. “Fisicamente, podia continuar a jogar, mas tomei esta decisão porque queria acabar a carreira no FC Porto. No meu contexto de equipa B, não queria estar a ocupar a vaga dos miúdos que pudessem crescer.Naprimeiraépocaainda joguei bastante, era uma equipa nova e fui importante para ajudar no crescimento desses jogadores todos que chegaram. Este ano, senti que a equipa estava bem e que não tinha a necessidade de estar ali. Não quero ocupar a vaga de um miúdo”, afirmou o “Drogba da Caparica”, no Porto Canal. “Existe muita qualidade na formação do FC Porto. O que é preciso é eles serem bem aconselhados, saberem gerir a carreira e ouvirem os treinadores e as pessoas que estão perto, para não se perderem”, acrescentou.
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Varela confessou que sempre admirou os dragões. “Gostava imenso do FC Porto, daquela raça e entrega. Isso mexia comigo. Uma vez em fui para a escola e colei um poster do FC Porto no meu caderno. Os meus colegas viram e começaram a chamar-me vira-casacas”, recordou o antigo extremo, que acabou facilmente convencido por Pinto da Costa quando estava a destacar-se noEstreladaAmadora:“Opresidente falou comigo diretamente. Senti que o interesse que havia era muito e isso deixava-me
mais confortável.” Certo que “nunca jogaria no Benfica”, Varela só não consegue escolher apenas um momento entre os melhores que viveu de azul e branco. “Campeão na Luz, os 5-0 dessa época e o golo do Kelvin, que de arrepiar”, enumerou, antes de apontarumgoloinesquecível: “Contra a Académica. O campo estava cheio de água, chovia torrencialmente. Fiz um golo acrobático, ganhámos 1-0 e foi importante para continuarmos com a vantagem sobre o rival.”
Ex-jogador do FC Porto