O Jogo

“Tenho interessad­os emm Portugal”

ALAN RUIZ

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Em entrevista a O JOGO, o criativo argentino revela que foi abordado para renovar com o Arouca, mas a discrepânc­ia de valores impediu o acordo. I Liga tem prioridade perante propostas de outros países.

FRANCISCO SEBE

No rescaldo de uma época de alto nível no Arouca, e já de férias na Argentina, Alan Ruiz falou a O JOGO sobre a saída do quinto classifica­do da I Liga e lança as bases para o futuro. Continuar em Portugal é possibilid­ade.

Foi uma das principais figuras do Arouca “europeu”. Diria que fez a melhor época da carreira? —Não diria que foi a melhor. Já estive em várias equipas onde fiz boas campanhas, esta foi mais uma boa época na minha carreira, tanto a nível pessoal como coletivo. E foi assim devido ao trabalho conjunto do plantel e da equipa técnica do Arouca. Remámos todos para o mesmo lado e, quando é assim, as coisas tornam-se mais fáceis.

No final de 2021/22, disse, em entrevista a O JOGO, que não se sentia uma estrela. Um ano depois, mantém essa opinião?

—Mantenho. Deixo o Arouca como um jogador importante para a equipa, mas o trabalho de todo o grupo é que foi a base que nos permitiu atingir os objetivos. Sozinho não se chega a lado algum e o nosso grupo foi espetacula­r, potenciado de forma exemplar pela equipa técnica.

Chegou a receber alguma proposta de renovação?

—Tive uma proposta para renovar, mas ficou longe daquilo que pretendia. Mas, sempre tive como muito claro que queria terminar bem a época, garantir o apuramento para uma prova europeia e só depois pensar sobre o futuro. Em primeiro lugar, importava fazer coisas bonitas com a camisola do Arouca. Depois é que entrou em cena o tema da renovação. Houve essa tal proposta, mas ficámos longe de um acordo e decidi sair.

Se a proposta tivesse agradado, continuari­a no Arouca? —Se tivéssemos chegado a acordo nos números, continuava. É o clube que me reabriu as portas da Europa, permitiu-memostrarq­ualidades

“Deixo o Arouca como um jogador importante, mas o trabalho de todo o grupo é que foi a base que nos permitiu atingir objetivos”

“Tive uma proposta para renovar, mas ficou longe daquilo que pretendia. Ficámos longe de um acordo”

“Despedimo-nos de uma forma muito bonita. Há muitos jogadores que vão decidir o futuro e não sabem se ficam”

e lutar por coisas importante­s. Se tivessem feito um esforço maior, teria ficado.

O que se segue para o futuro? Já se falou no Vasco da Gama, do Brasil...

—Ainda não está nada decidido. Sei que há interesse de clubes do Brasil, de Portugal e de outros países, mas ainda não decidi para onde vou. Tenho tempo para tratar desse assunto e para poder tomar a decisão mais acertada.

Continuar em Portugal, e na Europa, é a prioridade?

—Sim. Não fecho a porta a ninguém. Quero ouvir propostas, falar com os clubes interessad­os e chegar a um acordo. Se sentir que estão reunidas boas condições a nível financeiro e desportivo, não será complicado. Ficar em Portugal é uma possibilid­ade forte. Nunca escondi que me sinto muito bem no país, assim como a minha família. Não fecho a porta a nenhum clube, estou à disposição para ouvir e decidir qual a melhor opção.

Já esteve em muitos clubes com diferentes objetivos. O que lhe falta?

—Sempre sonhei, e continuo a sonhar, com conquistas importante­s, ser campeão, estar em finais... A nível desportivo, gostava de juntar títulos ao meu currículo.

“Sei que há interesse de clubes do Brasil, de Portugal e outros países. Nunca escondi que me sinto muito bem no país, assim como a minha família”

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