PRIMEIRA MÃO JÁ ESTÁ ESQUECIDA
Para Sérgio Vieira, os tricolores têm de entrar em campo na Madeira como se não estivessem em vantagem na eliminatória
O treinador dos amadorenses diz que entrou “numa máquina do tempo” e conseguiu antever algumas situações do jogo de amanhã: “Houve muitos aspetos que vimos e vão acontecer.”
MIGUEL GOUVEIA PEREIRA
O Estrela da Amadora está a um passo de poder regressar à I Liga, 14 anos depois da última presença. Após a vitória na primeira mão em casa (2-1), os tricolores jogam novamente com o Marítimo, num encontro decisivo agendado para amanhã, no Funchal. Apesar da margem conseguida na Reboleira, para Sérgio Vieira é como se o resultado ainda estivesse em branco.
“Essa vantagem curta foi só no final. Agora, já nem nos lembramos quanto ficou o marcador. É um jogo novo, o que tínhamos a analisar tem que ver com processos técnico-táticos, mentais e físicos do momento, o porquê daquelas tomadas de decisão ofensivas e defensivas. E o porquê daquele desfecho extremamente positivo para nós, mas não perfeito”, apontou o técnico, que pede uma exibição ainda melhor do que na primeira mão: “O único foco que temos é ganhar na Madeira e fazer um jogo melhor ainda do que fizemos aqui.”
O treinador voltou a classificar este play-off “como o momento mais importante da história da Estrela” e diz-se preparado para o ambiente fervoroso de apoio ao opositor. “Conseguimos entrar na máquina do tempo, viajar até domingo à hora do jogo e perceber como vai ser, o que temos de fazer individualmente e coletivamente. Vai ser exatamente como visualizamos e preparamos? Não temos a certeza, mas sabemos que existem muitos desses aspetos que vimos e que vão acontecer”, perspetivou.
A exemplo da primeira mão, o jogo no Funchal também vai ter lotação esgotada. Esse fator foi destacado por Sérgio Vieira, embora com um lamento. “Tanto o Marítimo como o Estrela fazem parte da I Liga. Vai ser um pena um destes clubes não competir nesse escalão na próxima época. A boa notícia é que isso é momentâneo, porque, ao fim de um ou dois anos, podemos reverter isso”, vincou.
“Temos fazer um jogo melhor na Madeira do que aquele que fizemos aqui”
Sérgio Vieira Treinador do Estrela