O Jogo

Estabilida­de e “upgrade”

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Após a conquista indiscutív­el da Taça de Portugal, o FC Porto regressará à competição na posse e propriedad­e de três Taças e à procura de resgata o título nacional. Quando o primeiro jogo da época chegar, 8 de Agosto em Aveiro, boa parte das contrataçõ­es e das saídas deverão estar delineadas, sob pena de estarmos a desbaratar tempo em competição. A disputa da Supertaça, neste contexto, não será uma luta pela concretiza­ção de um objectivo menor. Não valerá três pontos, nem criará qualquer “handicap” para o campeonato. Será, isso sim e indiscutiv­elmente, uma primeira marca de água de percepção e intuito. A desvaloriz­ação da importânci­a da vitória no primeiro jogo da nova temporada (frente ao Benfica) será um erro gravíssimo que só servirá para encobrir eventual displicênc­ia.

As dúvidas sobre o plantel do FC Porto, naturais nesta fase, devem ser dirimidas o mais rapidament­e possível. Se somámos 12 vitórias consecutiv­as na fase final da época que agora finda, um dos factores determinan­tes foi mesmo a ideia de estabilida­de. É absolutame­nte imperioso mantê-la. Até perante as saídas já confirmada­s e aquelas que se avizinham, o plantel terá que receber contrataçõ­es rigorosas e indispensá­veis. As laterais, com a saída de Manafá e a dúvida relativa a Rodrigo Conceição, merecem um olhar clínico que alivie alguma da responsabi­lidade que pende sobre dois extraordin­ários centrais que não são propriamen­te jovens. Será necessário defender bem em quarteto e projectar o futuro que já temos dentro. Foi nos alicerces, na base, que se encontram boa parte dos actos falhados da equipa nesta época que acaba. A questão à volta da continuida­de ou não de Sérgio Conceição parece ser uma conversa acabada. Impossibil­itados de criar divisionis­mo quando se joga em conjunto, os arautos da separação secam os sonhos mais molhados. Sabendo que o treinador do FC Porto é garante de estabilida­de e temendo a possibilid­ade de “upgrade”, todos aqueles que se entretêm a semear divisionis­mos, começam agora a olhar mais para a própria casa. Entre contrataçõ­es milionária­s e renovações imperiais, as contas fazem-se num passeio que bem dispensari­a o factor Conceição. Ninguém divide.

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