“É um estudioso”
Desconhecido em Portugal, Pablo Villar é apresentado por Fabri González, que teve o novo técnico do Vizela como adjunto no Huesca, Lorca e Karpaty, da Ucrânia
Aos 68 anos, Fabri González recupera ligação a Portugal, após ter treinado no início do século Ovarense, Campomaiorense e Marco, para falar de Pablo Villar: “Fez-se um aluno muito à frente”.
A administração do Vizela surpreendeu os adeptos com a contratação de Pablo Villar, treinador que ocupará o lugar de Tulipa. O espanhol, de 36 anos, nascido em terras asturianas, chegou com um currículo modesto e um perfil indecifrável, gerando perguntas e natural curiosidade. Em mais uma aposta de risco da SAD, é Pablo Villar que tem de silenciar as dúvidas e reservas, tentando aproveitar uma oportunidade que o coloca numa montra bem mais palpitante do que as passagens pelo futebol eslovaco (Pohronie) ou lituano (Riteriai) poderiam sugerir. Quem bem o conhece é o galego Fabri González, antigo treinador de Ovarense, Campomaiorense e Marco em tempos idos, andavam estes três clubes na Liga 2. Foi com Fabri que tudo começou para Villar: “É jovem, mas muito bem preparado para trabalhar e demonstrar o que sabe e o que pode ainda aprender e crescer. Conheci-o quando fui treinar o Avilés, o pai dele era delegado da equipa e o Pablo era um desportista. Mais tarde, seria meu ajudante no Huesca, no Lorca e na Ucrânia, no Karpaty”, nota e valida a aposta.
“Não lhe fazem falta conselhos, é um estudioso do futebol, e digo-o porque o é com profundidade. Seguramente que antes de aceitar o Vizela já estava cansado de ver jogos da Liga Portuguesa e de analisar equipas. Está perante uma oportunidade única e sei que parte cheio de ‘ganas’ e motivação. Pode fazer coisas significativas, levar ideias novas.
Vai cobrir tudo na recolha de informação sobre os rivais. Os seus ajudantes vão incidir muito nessas observações. A vertente tática é muito importante para ele, posso dizer que é um aluno muito à frente de Fabri González,”, assegura o galego, de 6 8 anos.
“Acredito que possa ser um treinador mais defensivo, a alicerçar as coisas de trás para
afrente,porqueoVizelaéuma equipa que joga para sobreviver na parte baixa da tabela. Deve variar entre o 4x4x2 e o 4x3x3”, antecipa ainda Fabri. “Não ser conhecido pode ser uma vantagem, menos pressões e terá o efeito surpresa! Não lhe faltará capacidade de adaptação, acredito numa bonita trajetória em Portugal”, remata.