O Jogo

Uma Taça em Alvalade e uma pérola na Madeira

Mais uma grande partida no Pavilhão do Marítimo, com os verdes-rubros a tornarem a vida complicada ao Sporting, mas os leões de Lisboa, mesmo assim, foram justos vencedores Taças a equipa com mais Reis: leões são andebol no palmarés de Portugal de

- RUI GUIMARÃES

O Sporting conquistou a 17.ª Taça de Portugal, a segunda consecutiv­a, numa lista de palmarés que lidera e inaugurou, em 1971/72 e 1972/73. O ABCéasegun da equipa que mais provas rainhas ergueu, com 12, seguida do FC Porto, o último do “pódio”, com nove. Depois de, no ano passado, ter vencido os portistas, em Matosinhos, após dois prolongame­ntos, por 36-35, os lisboetas desta vez superioriz­aram-se a um Marítimo aguerrido, lutador e que vendeu cara a derrota, por 30-29. A vitória do conjunto de Ricardo Costa nunca esteve verdadeira­mente em causa, mas o trabalho dos homens de Paulo Fidalgo foi altamente meritório, embora insuficien­tepar abate ruma equipa que cresce a olhos vistos para se tornar num caso bastante sério.

Ou seja, se para a capital, concretame­nte para Alvalade, seguiu mais uma Taça de Portugal; na Madeira ficou uma verdadeira pérola do andebol português, um conjunto com um treinador astuto e profundame­nte conhecedor, que se prepara para continuar a evoluir, tendo à frente um líder que é, de facto, da modalidade: Carlos Baptista.

Este foi o segundo de três jogos que o Pavilhão do Marítimo recebeu e que terminou por uma bola de diferença, nunca sendo demais realçar a qualidade que os clássicos entre verdes e brancos e azuis e brancos têm tido. Anteontem, na meia-final, mais um jogão, intenso, veloz, com qualidade e resolvido no tempo-extra. Arriscamos dizer que são dos melhores jogos que há nesta altura no plano europeu.

O Sporting, que entrou forte, assumindo o favoritism­o, cedo se isolou (9-3) a rondar os dez minutos. O Marítimo, que igualmente cedo, sofreu a contraried­ade da lesão de João Miranda – e tinha um valente António Elias de luto pela morte de uma irmã –, não se deixou abalar e continuou a batalhar. Devagarinh­o, os da casa foram encurtando distâncias, mas ainda chegaram ao intervalo com três golos de atraso. Aos 37 minutos, os adeptos do Marítimo, em delírio, testemunha­ram o empate a 19 bolas. Os Sporting andou da perna, voltou a colocar-se em fuga (27-21, 28-23, 29-24), mas os insulares, com Valério bem na baliza (11 defesas) e Délcio Pina a faturar (11 golos) voltaram a ganhar oxigénio e estiveram três vezes a um, a última no marcador final.

“Foi um grande jogo do Marítimo e tenho de lhes dar os parabéns, mas, a haver um vencedor, seriamos nós, porque estivemos muito tempo na frente” Ricardo Costa Treinador do Sporting

“O Sporting ganhou por um ao campeão nacional FC Porto e o Marítimo perdeu por um com o vencedor da Taça” Paulo Fidalgo Treinador do Marítimo

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Salvador Salvador e Carlos Ruesga a preparar-se para dividir o troféu com os colegas

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