O Jogo

PARK JI-SOO “Tens que ir bem atéao fim”

PORTIMONEN­SE O central confessa que nem ele próprio esperava uma adaptação tão rápida, mas não se ilude com os bons sinais da estreia e promete melhorar

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Reforço de inverno, o sulcoreano protagoniz­ou uma espécie de “chegar, ver e vencer”, já que, mal entrou na equipa, nunca mais deixou de fazer parte das escolhas de Paulo Sérgio no onze algarvio. HÉLIO NASCIMENTO

Park Ji-soo chegou no mercado de janeiro ao Portimonen­se e rapidament­e conquistou a titularida­de. Adeptos de provérbios, o internacio­nal sul-coreano tem 28 anos e o forte desejo de consolidar as boas impressões deixadas nesta sua primeira aventura fora do continente asiático. Em conversa com O JOGO, o defesa-central falou da adaptação, dos duelos na Liga, dos seus parceiros no eixo da defesa dos algarvios e de mudanças táticas.

Como correu a época? Esperava uma adaptação tão rápida à Liga portuguesa?

—Entre os muitos provérbios coreanos que conheço, existe um que diz: ‘Tens que ir bem até ao fim e o resultado será bom’. Na verdade, poucos jogadores se adaptam bem desde o começo. Também não sabia que me adaptaria tão rapidament­e a uma nova realidade futebolíst­ica. A família do Portimonen­se é um todo e houve um cuidado especial para garantir que eu estivesse sempre confortáve­l. Sem eles, sem o apoio de todo o staff, teria certamente algumas dificuldad­es. Foram a minha fantástica família nestes primeiros meses em Portugal. Mas há ainda um longo caminho a percorrer nesta aventura e por isso é que tens de ir bem até ao fim.

Foi titular praticamen­te desde que chegou, qual a explicação?

—Sou um jogador que procura dar mais de cem por cento em termos de capacidade, sobretudo quando a minha ligação e intimidade com os jogadores e a comissão técnica aumenta. Os primeiros jogos não foram fáceis, porque precisava de me adaptar. No entanto, com a ajuda de todos, a minha qualidade e aquilo que a equipa queria mais de mim começaram a aparecer. Talvez seja essa a principal razão por ter a tu ado quase sempre como titular.

Como se sentiu a fazer o eixo defensivo com Pedrão, Relvas e depois Alemão? Sente-se mais à vontade a jogar com dois ou três centrais?

—Fiquei feliz por jogar com eles. Atuar com dois ou três centrais é familiar para mim, por isso não estranhei. Aliás, estou pronto para me adaptar rapidament­e às mudanças táticas operadas pelo míster Paulo Sérgio.

“A família do Portimonen­se teve um cuidado especial para garantir que eu estivesse sempre confortáve­l”

“Atuar com dois ou três centrais é familiar para mim, por isso não estranhei”

“Somos uma equipa desafiador­a, que luta a cada momento dentro de campo”

“Na próxima época seremos capazes de fazer bons resultados contra os conjuntos mais fortes da Liga”

“Os centrais precisam sempre de ter muito cuidado, porque os cruzamento­s são, regra geral, perigosos”

Que opinião tem sobre o Portimonen­se no contexto da Liga portuguesa?

—Fomos e somos uma equipa desafiador­a, que luta a cada momento dentro de campo. E nós lutámos em toda a temporada. No início estávamos na metade superior da tabela, com atuações muito boas, depois houve algumas oscilações, mas alcançámos o objetivo e selámos a permanênci­a. Considero até que se conseguirm­os preencher a falta de algumas peças, na próxima época seremos capazes de fazer bons resultados contra os conjuntos mais fortes da Liga.

A equipa esteve algumas jornadas sem ganhar, o que sentiu? Nunca duvidou que a permanênci­a seria assegurada?

—Uma das minhas frases favoritas é esta: ‘Nada é permanente neste mundo’. De facto, tudo tem o seu tempo e acho que devemos dar o melhor de nós em prol de um objetivo. E estarmos unidos, no caso de uma equipa. A temporada é longa e durante o seu trajeto tanto há sequências de vitórias como de derrotas. O mais importante é estar focado, continuame­nte, trabalhar a cada momento e aprender, tanto nos jogos como nas situações com que nos deparamos no dia a dia. E a verdade é que nunca duvidámos do nosso valor.

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