CHEGOU O MOMENTO DE APOSTAR TODAS AS FICHAS
Triunfo sobre os Países Baixos permitirá à equipa de Rui Jorge continuar a depender só de si para chegar aos quartos de final do Europeu. Derrota ditará, desde já, eliminação da competição
Apesar da derrota face à Geórgia, na primeira jornada, Rui Jorge gostou de algumas particularidades no jogo de Portugal. Arriscar e caprichar com bola pode ser a chave para bater os neerlandeses.
MIGUEL LAEZZA
Depois do desaire frente à anfitriã Geórgia (2-0), no encontro de abertura da 24.ª edição do Campeonato da Europa, a Seleção Nacional sub-21 mede, hoje, forças com os Países Baixos, que empataram a zero diante da Bélgica na jornada inaugural do Grupo A. A equipa das Quinas sabe que, caso triunfe sobre os neerlandeses – que venceram a competição em 2006, em território português, e 2007 –, dependerá somente de si para, na derradeira ronda, carimbar o apuramento para os quartos de final da prova continental. No entanto, uma derrota ditará, desde já, a eliminação da formação lusa, vice-campeã em título.
No lançamento do duelo decisivo, o selecionador Rui Jorge teceu rasgados elogios ao adversário, mas deixou claro que Portugal reúne faculdades para conquistar a vitória. “Esta é a melhor seleção que vamos defrontar. É uma equipa que se assemelha muito à nossa em termos de qualidade com bola; a velocidade dos seus jogadores é muito grande. Têm bons princípios de jogo e, em termos defensivos, vão colocar-nos muito mais à prova, serão muito mais perigosos [comparativamente à turma georgiana]. Contudo, também somos uma boa equipa, temos as nossas armas e vamos tentar ser melhores do que eles”, realçou.
Sobre as ilações que retirou do primeiro desafio, o técnico gaiense salientou que ficou agradado com certos comportamentos da equipa. “Volto a dizer e sei que parece estranho, mas, após analisar o encontro, reparei que fizemos bastantes coisas boas. Acho que tivemos muito bem na recuperação
imediata da posse de bola. Não conseguimos fazer aquilo que normalmente fazemos muito, que é criar boas situações de golo. Rematámos várias vezes, mas de zonas menos perigosas. Claro que sofremos um golo de canto, que é uma situação anormal e que já não acontecia desde o play-off de 2017. Porém, apesar de as grandes equipas não costumarem falhar nesses pormenores, faz parte”, finalizou Rui Jorge.
“Os Países Baixos são a melhor seleção que vamos defrontar. Contudo, também temos as nossas armas” Rui Jorge Selecionador nacional sub-21