O Jogo

DONGMO E COELHO EM DIA DE GLÓRIA

Portugal subiu ao sétimo lugar, com ouro e prata no atletismo, mais ouro na canoagem

- Textos CARLOS FLÓRIDO

Indiferent­es à polémica de receberem ou não medalhas, os atletas nacionais entraram no Estádio da Silésia a ganhar, com Dongmo dominadora no peso e depois João Coelho espantoso nos 400 metros.

A marca não foi das melhores, mas em provas decisivas o importante é ser primeiro. “Quando não consigo lançar mais longe no primeiro ensaio, fico com problemas para gerir depois. É mais difícil ficar focada. Não lancei bem nos três primeiros, fiquei um bocado desconfort­ável. A marca, graças a Deus, foi suficiente para ganhar”, disse Auriol Dongmo, que abriu o atletismo dos Jogos Europeus ganhando o lançamento do peso com 19,07 metros. A sportingui­sta vale uma marca melhor - “estou a lançar muito mais longe no treino” -, mas mais ninguém chegou aos 19 metros e esse ficaria como o melhor momento de Portugal, minutos depois de dois pódios na canoagem, a 80 quilómetro­s do Estádio da Silésia, em Chorzow. João Coelho valeria depois outra grande alegria, entre um conjunto de bons resultados.

O atletismo está nos Jogos Europeus com o Campeonato da Europa por equipas, no qual a meta de Portugal é a manutenção entre as 16 da Primeira Divisão. No final do primeiro dia, um sexto lugar na tabela era bem animador, mesmo com algumas meias desilusões, como o quarto lugar de Liliana Cá no lançamento do disco - com 63,21 metros -, depois de ter estado em segunda. Tiago Pereira também foi quarto, mas com 16,32 metros, uma marca modesta num concurso de triplo salto com uma qualidade deprimente: ninguém chegou aos 17 metros, a distância que um Pedro Pichardo faz de olhos fechados.

Mas para Portugal tinha surgido entretanto outra grande alegria: João Coelho, com um recorde nacional de 45,05 segundos - superou os 45,14s que Vítor Ricardo dos Santos tinha desde 2018 -, foi medalhado de prata nos 400 metros. “Estou muito contente. Fiz recorde nacional, numa boa prova, com os melhores da Europa. Gostava de fazer 44, falta pouco. Vou daqui de cabeça erguida”, comentou. Coelhosupe­rou-senasuamis­são - “Ajudei a somar pontos” -, mas vai sair sem a medalha. No início da prova, a organizaçã­o informou que, por contarem os resultados das II e III Divisões, que já terminaram, para as classifica­ções individuai­s, as medalhas serão depois enviadas para os países que as ganharem. Estranho, mas não inédito.

“Graças a Deus, a marca foi suficiente para ganhar”

Auriol Dongmo Ouro no lançamento do peso

“Vou de cabeça erguida. Espero ter ajudado Portugal a ficar na Primeira Divisão”

João Coelho Prata nos 400 metros

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