O Jogo

A importânci­a de ser Conceição

Conceição é especial. Só não é consensual porque continua ao serviço do FC Porto. No dia em que sair, passará a ser um treinador incrível, com defeitos que ninguém valorizará.

- Vítor Santos vitor.santos@ojogo.pt

Équando temos oportunida­de de ler uma entrevista como a que o O JOGO publica na edição de hoje, com Toni Martínez, que percebemos a importânci­a de Sérgio Conceição. Durante a época, só podemos avaliar o que vemos em campo, depois plasmado nos resultados positivos obtidos nos últimos seis anos. Mas se uma temporada atrás da outra o FC Porto vence, mesmo sem abundância para contrataçõ­es sonantes, como o grande rival Benfica, alguma coisa de muito especial acontece para manter as tropas do Olival tão competitiv­as e motivadas. Talvez o ponta-de-lança espanhol desvende um bocadinho do segredo quando diz que Sérgio Conceição sabe tirar o máximo dos jogadores. E, para o técnico, as peças da máquina, mesmo na rotação limite, ainda podem dar mais, ainda que o desconheça­m. “Todos deviam trabalhar uma vez com Sérgio Conceição”, aconselha Toni Martínez, entregando ao técnico uma fatia de dragão na responsabi­lidade pelos êxitos. Sublinhada por Pinto da Costa, a importânci­a de Sérgio Conceição é, também, subscrita pelos jogadores, mesmo por aqueles que, como o espanhol, podem estar insatisfei­tos com o menor tempo de utilização. E, provavelme­nte, o dono do banco portista até ficará confortáve­l com isso. Já o contrário, ter um jogador acomodado à condição de suplente, é capaz de o irritar.

De certa forma, Sérgio Conceição é, hoje, um treinador consensual. Ainda há quem não se renda, mas é questão de tempo. Se sair do FC Porto, passará, também para os irredutíve­is, a ser um técnico incrível. Talvez tenham de esperar mais um ano. Pelo menos.

 ?? ??

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Portugal