Isaac Nader vinha “para vencer”
ATLETISMO Prata nos 1500m soube a pouco, mas equipa está a cumprir
Portugal fechou o segundo de três dias com a terceira medalha e um sétimo lugar no Campeonato da Europa por Equipas, o que deixa a manutenção muito bem encaminhada. Vários atletas surpreenderam.
Isaac Nader fez uma corrida de 1500 metros taticamente perfeita. Começou atrás, aos 800 metros colocouse entre os da frente, ao entrar na última volta subiu a segundo e só não teve força para, na reta da meta, ultrapassar o espanhol Mohamed Katir. Ficava a prata, com a marca de 3m37,37s, e uma preciosa ajuda para manter Portugal em sétimo no Campeonato da Europa por Equipas. Mas Nader não estava satisfeito.
“Vinha aqui com o objetivo de vencer, como fiz sempre esta época. É a minha terceira corrida de 1500 metros e só queria ganhar. Senti que seria entre mim e o espanhol. Mas ele tem 3.28 minutos, é o segundo melhor mundial do ano e uma referência. Sabia que era difícil. É um atleta de classe mundial, algo a que estou a chegar agora. Foi o que deu”, desabafou o jovem do Benfica, já uma certeza aos 23 anos. Os 15 pontos de Nader ajudaram Portugal a chegar aos 211 e quase assegurar a permanência, após 25 das 37 provas. A Noruega, melhor dos três países em lugar de descida, leva 161, pelo que hoje haverá 50 para gerir.
O êxito deveu-se ainda a Décio Andrade, sexto no martelo, com 72,03 metros – “Não estava solto como queria, mas estou satisfeito, pois tinha a décima marca”, disse o madeirense –, à surpresa Fatoumata Diallo, que vive em França e arrasou na sua série dos 100 barreiras (recorde pessoal de 55,57 segundos), sendo sétima na soma das duas séries, e a Emanuel Sousa, oitavo no disco (59,44 m). Sisínio Ambriz, embora 11.º na geral, bateu o seu recorde nacional de sub-20 (13,85 segundos), sendo o melhor júnior europeu do ano, e a fechar a estafeta de 4x100 metros feminina voltou a bater o máximo nacional. Os 44,27 segundos de Lorene Bazolo, Arialis Martinez, Rosalina Santos e Íris Silva valeram o nono lugar.