O Jogo

ALMA SEM FIM PINTA TELA DOS “QUARTOS”

Portugal está no “mata-mata” do Europeu, com o golo da qualificaç­ão a aparecer no último suspiro

- ●●● Textos MIGUEL LAEZZA

O cenário perfeito concretizo­u-se: na derradeira ronda do Grupo A, a Seleção Nacional bateu a Bélgica e a Geórgia “fez o favor” de pontuar com os Países Baixos.

Com uma crença inesgotáve­l – a compensar o pouco discernime­nto futebolíst­ico –, o “milagre” aconteceu: Portugal está apurado para os quartos de final da 24.ª edição do Campeonato da Europa sub21.

À entrada para a última jornada do Grupo A, o conjunto de Rui Jorge sabia que não dependia exclusivam­ente de si para se qualificar para o “mata-mata” do certame continenta­l: para esse desejo se efetivar, a equipa das Quinas tinha, obrigatori­amente, de vencer a Bélgica e esperar que a Geórgia, uma das anfitriãs do torneio, não perdesse diante dos Países Baixos. E foi precisamen­te isso que aconteceu. A Seleção Nacional derrotou os belgas (2-1) e contou com a indispensá­vel ajuda dos georgianos, que empataram, a uma bola, frente aos neerlandes­es. Agora, nos “quartos”, a turma lusa, vice-campeã em título, vai medir forças com a Inglaterra – que conquistou a prova em 1982 e 1984 –, num duelo agendado para as 17 horas do próximo domingo, no Ramaz Shengelia Stadium, na cidade georgiana de Kutaisi.

Mas, voltando àquilo que se passou no Mikheil Meskhi Stadium, em Tiblissi, o jogo podia ter começado de forma desastrosa para Portugal: logo aos dois minutos, Samuel Costa foi desarmado na primeira fase de construção, mas Lois Openda, goleador dos franceses do Lens, rejeitou, por duas vezes, o presente oferecido. Pouco depois, Fábio Silva bem tentou que o desenlace fosse diferente, mas também não encontrou o caminho da felicidade. Até ao descanso, apenas Michel Balikwisha criou calafrios, porém Celton Biai agigantou-se entre os postes.

No arranque da etapa complement­ar, uma obra-prima de João Neves coloriu o sonho, que viria a desvanecer-se com a cabeçada certeira de Yorbe

Vertessen. Todavia, nos derradeiro­s instantes da partida, os deuses do desporto-rei ouviram as preces portuguesa­s e o capitãoTia­goDantas,natransfor­mação exímia de um penálti, fez com que a caravela verde e vermelha navegasse até às oito melhores formações do Velho Continente. Epílogo triunfante. E feliz.

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Tiago Dantas não vacilou e, na marcação de uma grande penalidade nos instantes finais, apurou Portugal

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