O Jogo

AS FESTAS ANUNCIADAS

Gonçalo Noites, ainda com mazelas da véspera, e Matilde Rodrigues encontrara­m adversário­s mais fortes nas finais. Mas as medalhas de prata já foram um feito único

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O momento mais alto da história do muaythai português teve um saldo de duas medalhas de prata e a visibilida­de que a arte marcial tailandesa sempre procurou. Os dois jovens viveram um sonho. CARLOS FLÓRIDO

●●● Foi em Myslenice, num pavilhão com muita animação nas bancadas, que Gonçalo Noites e Matilde Rodrigues fecharam as competiçõe­s de muaythai, ambos com derrotas na finais. Ele, batido pelo ucraniano Oleksandr Yefimenko nos -71 kg, não ficou convencido, pois tinhas ido suturado numa perna e estava limitado. Ela, perante a experiente sueca Patrícia Axling, admitiu que os seus 19 anos pesaramn afinal dos -57 kg. Ambos perderam por 30-27, o que significa terem os juízes dado a vitória aos adversário­s em todos os três assaltos, e a realidade é que nunca deram a sensação de poderem ganhar. Para o muaythai português, no entanto, as duas medalhas de prata numa competição organizada pelos comités olímpicos foi uma dádiva inesperada.

“Não tenho a noção do impacto disto, mas é um orgulho saber que o meu trabalho está a ser divulgado e que se possa ver que o muaythai também dá medalhas para Portugal”, disse Gonçalo Noites, de 22 anos, satisfeito ao saber que a sua modalidade tivera transmissã­o televisiva na RTP e com as duas vitórias que o levaram à final, uma com “o campeão do mundo, um combate duríssimo, que me deixou com alguns pontos na canela”. Isto levou o lutador da Iron Legs, de São João da Madeira, a achar o ucraniano Yefimenko “mais fresco”.

Matilde entrou em ação a seguir, frente a uma sueca de 35 anos que se revelou logo mais agressiva. A jovem de Alenquer perdeu o primeiro round e entrou bem no segundo, mas foi de novo encostada às cordas. “Senti-me muito bem antes de ir para o corpo a corpo. A experiênci­a conta muito e ela era mais forte em termos físicos, conseguiu dominar-me”, contou .“Tenho 19 anos,éa primeira vez que faço um campeonato­s em pro teçõesen um escalão acima. É uma exigência diferente”, admitiu, não esquecendo o essencial. Ir ao pódio foi“maravilhos­o, tornei um sonho realidade”.

“Mostrámos que o muaythai também dá medalhas” Gonçalo Noites Prata nos -71 kg

“Foi maravilhos­o. Tornei um sonho realidade” Matilde Rodrigues Prata nos -57 kg

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Gonçalo Noites ainda atacou o rival ucraniano
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Matilde Rodrigues com a medalha de sonho

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