O Jogo

Ganhar tem custos e não é para todos

- Vitor.santos@ojogo.pt

Embora as taxas de juro continuem a subir e as boas contas do país teimem em não se refletir nas bolsas, o olimpismo, na Polónia, e o futebol, na Geórgia, deram aos portuguese­s razões para sorrir.

1Ser atleta de alta competição não é para todos. É preciso possuir muito talento e, sobretudo, uma capacidade de trabalho extraordin­ária. Ninguém consegue grandes resultados à boleia da sorte. São necessário­s muitos sacrifício­s, quase sempre numa idade que nos conduz no sentido de aproveitar os prazeres da vida. Conquistar uma medalha numa grande competição internacio­nal é, portanto, um feito que merece ser valorizado. Nem sempre acontece por cá, mas isso deve-se, sobretudo, à falta de cultura desportiva. Os portuguese­s em competição nos Jogos Europeus, só ontem, arrecadara­m quatro medalhas de prata. A visão dos corvos agoirentos – não confundir com as aves, que merecem todo o respeito –, tratarão de dizer que estivemos em quatro finais e “falhámos” o ouro em todas. É evidente que todos queríamos o lugar mais alto do pódio, ninguém mais do que os próprios atletas, mas é necessário olhar para este copo na configuraç­ão de meio cheio. No caso, de medalhas. Parabéns aos medalhados. 2

Também o futebol contribuiu para uma terça-feira em cheio. Uma aventura que parecia condenada, ganhou vida com o triunfo da Seleção de sub-21 no Europeu, sobre a Bélgica. As quinas, sem deslumbrar, há muito para corrigir, lá avançaram para os quartos de final. Quem supera com tanta garra e vontade a evidente falta de inspiração e até de organizaçã­o pode sempre aspirar a mais. Esperemos que, no sábado, frente à Inglaterra, a exibição seja mais consentâne­a com o talento desta geração de Rui Jorge.

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